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FGV: confiança da Indústria sobe 3,2 pontos em maio, mas ainda é muito baixa

O Índice de Confiança da Indústria subiu 3,2 pontos em maio ante abril, passando de 58,2 pontos, o menor patamar da história, para 61,4 pontos, o segundo menor nível da série, iniciada em 2001, em meio à crise provocada pelo coronavírus. Responsável pelo índice, a Fundação Getulio Vargas (FGV) nota que esse aumento em maio representa apenas 7,4% da perda de 43,2 pontos observada entre fevereiro e abril deste ano.

Da mesma forma, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) avançou 3 pontos porcentuais, de 57,3% (o mínimo da série histórica) para 60,3%, o segundo menor nível da história.

Segundo a economista da fundação Renata de Mello Franco, a leitura de maio sinaliza uma acomodação da situação atual em níveis baixos e “alguma calibragem” das expectativas para os próximos meses. “Apesar da evolução relativamente favorável de indicadores como os de estoque, Nuci e produção prevista, ainda é cedo para concluirmos se o pior momento da crise ficou para trás. Para os próximos meses, o elevado nível de incerteza e de pessimismo em relação ao futuro podem colocar em xeque uma recuperação mais consistente da confiança”, afirma, em nota.

A leitura de maio contou com o aumento de confiança em dez dos 19 segmentos industriais pesquisados, informa a FGV. A principal contribuição para a recuperação marginal da confiança foi a expectativa para os próximos três e seis meses.

O Índice de Expectativas (IE) subiu 5,3 pontos, para 54,9 pontos Já o Índice de Situação Atual (ISA) teve alta de apenas 1,2 ponto, para 68,6 pontos. Segundo a FGV, ambos os resultados são o segundo menor nível das respectivas séries históricas.

No IE, a principal influência para o avanço foi a melhora das expectativas dos empresários sobre a produção nos próximos três meses. Após apresentar queda acumulada de 68,0 pontos entre abril e janeiro deste ano, o indicador de produção prevista recuperou 12,3 pontos, saindo de 34,6 pontos para 46,9 pontos. Já os indicadores de emprego previsto e tendência dos negócios subiram 0,8 ponto e 2,4 pontos, respectivamente.

Já no ISA, a alta tímida reflete a combinação de melhores níveis de estoque, da estabilidade do grau de satisfação dos empresários com a situação atual dos negócios e da piora da avaliação sobre a demanda atual, explicou a FGV.

O Indicador de estoques cresceu 5,7 pontos, para 81,9 pontos, enquanto o indicador de situação atual dos negócios ficou relativamente estável, variando de 64,2 pontos para 64,7 pontos. Por sua vez, o indicador de demanda total atual caiu 2,7 pontos, para 62,2 pontos, o menor valor da série histórica.

A edição da Sondagem da Indústria de maio coletou informações de 974 empresas entre os dias 1º e 26 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 29 de junho de 2020. A prévia deste resultado será divulgada no dia 22 de junho.

Fonte: Estadão

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