O dia foi de intensa realização de lucros, após os índices acionários do continente terem subido cerca de 4% ontem, na esteira do otimismo com avanço nas pesquisas clínicas de desenvolvimento da vacina contra a covid-19 e do anúncio por França e Alemanha de um fundo de recuperação europeu de US$ 500 bilhões.
Nesse cenário, o índice FTSE 100, na Bolsa de Londres, recuou 0,77%, a 6002,23 pontos. Por lá, as negociações sobre o futuro das relações comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia, na sequência do Brexit. Já em Paris, o CAC 40 caiu 0,89%, a 4 458,16 pontos.
Também repercutiu nos negócios os sinais que apontam para os efeitos da pandemia na economia. Em seminário virtual, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, disse que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro poderá ter contração de até 12% este ano, a depender da evolução do vírus e da extensão das quarentenas.
Já nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, alertou que a retomada total da economia vai depender do desenvolvimento de uma vacina. “A reabertura da economia está em andamento e vamos ver como ela ocorre”, comentou.
Em Milão, o FTSE MIB perdeu 2,11%, a 17.034,54 pontos. A ação da Telecom Italia despencou 8,63%, após a companhia divulgar que registrou queda de 11,4% em suas receitas no primeiro trimestre de 2019, a 1,74 bilhão de euros.
Na contramão das perdas, em Frankfurt, o DAX subiu 0,15%, a 11 075,29 pontos, repercutindo o surpreendente avanço de 28,2 pontos no índice de expectativas econômicas da Alemanha, elaborado pelo instituto ZEW. O indicador ficou em 51 em maio, sugerindo melhora na confiança na maior economia da Europa.
Em Madrid, o Ibex 35 recuou 2,51%, a 6.609,10 pontos, enquanto, em Lisboa, o PSI 20 registrou leve alta, de 0,03%, a 4.181,55 pontos.