“Enfrentamos problemas reais, temos muita gente envolvida: 11 000 atletas de 206 países, 5.000 técnicos e oficiais, 20.000 jornalistas, 4.000 pessoas envolvidas na organização e 60.000 voluntários”, afirmou Coates, nesta sexta-feira, em uma conferência organizada pelo grupo de comunicação News Corp.
Coates, que já ocupou o cargo de vice-presidente do COI, fez questão de ressaltar que não há a possibilidade de adiar a competição para depois do verão, no hemisfério norte, de 2021. “Não podemos adiar mais a competição e devemos partir do princípio de que não haverá uma vacina contra o novo coronavírus Ou caso exista, não estará disponível para todos”, disse o dirigente, que preside ao Comitê de Coordenação do COI para os Jogos de Tóquio-2020.
A opinião de Coates bate com a do alemão Thomas Bach, presidente do COI, que admitiu nesta semana que os Jogos Olímpicos podem ser cancelados caso a pandemia da covid-19 não seja controlada até o meio do ano que vem – o evento está marcado para acontecer de 23 de julho a 8 de agosto. A ideia dos dirigentes é realizar em outubro encontros para definir políticas sanitárias para a Olimpíada.
Já o diretor executivo do Comitê Organizador Local, Toshiro Muro, afirmou que nem este órgão, nem mesmo o governo japonês, disseram em algum momento que 2021 era a “última opção” para que se realizassem os Jogos.