O vice-governador de Mato Grosso Otaviano Pivetta (PDT) afirmou que o senador Carlos Fávaro (PSD) conseguiu o mandato no “tapetão”.
Isso porque, o novo membro do Senado assumiu em abril deste ano, devido a uma determinação do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, que determinou a posse do terceiro colocado, na eleição de 2018, após a cassação de Selma Arruda (Podemos).
Para Pivetta, que é pré-candidato na eleição suplementar ao Senado, os recursos utilizados por Fávaro na Justiça são “anormais”.
“Quem elege o senador é o povo e não o presidente do STF. A minha avaliação não é negativa nem positiva”, afirmou Pivetta, que fez parte da mesma chapa de Fávaro em 2018.
“Cargo eletivo tem que ser assumido por pessoas que foram eleitas. Esse negócio de ‘tapetão’, buscar recursos e mais recursos na Justiça – primeiro para derrubar, depois para assumir – é uma coisa anormal. Nada convencional”, acrescentou.
Tapetão é uma gíria famosa no mundo do futebol usado para desqualificar um time que perde em campo, mas recorre à Justiça obter a vitória do jogo.
No caso, Pivetta se referiu aos diversos processos que Fávaro ingressou para conseguir viabilizar a vaga no Congresso Nacional.
Derrotado nas urnas, Fávaro ingressou com uma ação de investigação judicial eleitoral contra Selma e os dois suplentes da chapa. Quando a senadora foi cassada, ele entrou com processo no STF para viabilizar o mandato.
Continua no jogo
Pivetta disse que permanece com a candidatura ao Senado Federal. O pleito está suspenso devido a uma determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em meio à pandemia do novo coronavírus, a Covid-19.
“Houve convenções, mas foi tudo anulado e vamos aguardar a Justiça Eleitoral divulgar as novas decisões. Eu mantenho minha vontade de disputar, mas tudo a seu tempo”, disse.
Ainda não foi determinada uma nova data para o pleito ocorrer.
Por Mídia News