Posse: Novo governo de Israel encerra bloqueio político

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O novo governo unitário de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pelo centrista Benny Gantz, encerra neste domingo (17) a mais longa crise política do país, com um programa focado na recuperação econômica após crise da pandemia e na anexação de parte da Cisjordânia.

“Decidimos juntos deixar de lado as divisões e enfrentar os desafios que a pandemia representa para nós na saúde, na economia e na sociedade”, disse Netanyahu, em seu discurso ao Parlamento de Israel (Knesset), em meio a interrupções da oposição e acusações de corrupção.

O primeiro-ministro enfrenta um julgamento onde é processado por suborno, fraude e quebra de confiança em três casos distintos.

Netanyahu apresentou um governo focado na ativação do emprego devido à crise da Covid-19, que deixou 1,2 milhão de desempregados no país.

Ele também anunciou que chegou o momento de iniciar a anexação de parte do território palestino da Cisjordânia “como um novo capítulo na história do sionismo”, e prometeu “liderar esse processo histórico”.

Após longas negociações, o acordo governamental único obteve uma maioria parlamentar que apoia Netanyahu como chefe de Governo pelo primeiro ano e meio, após o qual Gantz o sucederá automaticamente.

Gantz defendeu a formação desse governo para evitar uma quarta eleição, após a realização de três em menos de um ano, embora tenha baseado suas campanhas eleitorais em derrubar Netanyahu, recusando-se a governar com uma pessoa acusada de corrupção.

Além disso, ele enfatizou que a alternativa ao governo de unidade era “uma espécie de guerra civil” e apelou pela reconciliação e construção de mecanismos de confiança entre ele e Bibi, bem como entre os campos ideológicos de direita e centro que integrarão o novo governo.

*Com informações da Agência EFE