Ícone do site Hora 1 MT Notícias

Projeção de PIB no fim de 2020 sai de queda de 3,76% para recuo de 4,11%

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira e a crise política no governo de Jair Bolsonaro fizeram os economistas do mercado financeiro cortarem novamente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 3,76% para queda de 4,11%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 1,96%.

Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,20%. Quatro semanas atrás, estava em 2,70%.

Em março, na esteira da pandemia, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2020, de alta de 1,8% para variação zero. O próprio BC, no entanto, já reconheceu que o cenário está se alterando rapidamente e que, por isso, a projeção do RTI não reflete a situação atual.

No Focus divulgado nesta segunda-feira, 11, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 2,75% para recuo de 3,00%. Há um mês, estava em baixa de 1,42%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 3,00% para 2,75%, ante 2,95% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 62,10% para 64,15%. Há um mês, estava em 60,00%. Para 2021, a expectativa foi de 64,98% para 65,20%, ante 60,73% de um mês atrás.

Déficit primário

O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira nova mudança na projeção para o resultado primário do governo em 2020 A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 7,20% para 7,52%. No caso de 2021, foi de 1,90% para 2,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 4,14% e 1,00%, respectivamente

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 foi de 11,30% para 12,00%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, seguiu em 5,70%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 9,02% e 4,95%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros

Os avanços nas projeções refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o País terá um cenário fiscal ainda mais difícil.

Fonte: Estadão

Sair da versão mobile