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Se Bolsonaro for contra democracia, pode ficar sozinho, diz Geller

íder da bancada federal de Mato Grosso, o deputado Neri Geller (PP) tem feito críticas às manifestações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela sua participação em manifestações contra as instituições democráticas, como a realizada neste domingo (4). A postura do capitão é reprovável até mesmo para o parlamentar que está na base de apoio ao governo. “Se ele tentar ir contra a democracia, pode ir sozinho. Nós estamos de fora disso”.

Em outra oportunidade, Neri teve que intervir junto a empresários e pedir ajuda à ministra de Agricultura e Abastecimento, Tereza Cristina, para sanar a crise com a China, maior comprador de produtos mato-grossenses. Isso porque, membros do governo e filhos do presidente fizeram ataques considerados racistas ao povo chinês em suas redes sociais.

Bolsonaro voltou a apoiar ato antidemocrático neste domingo e disse que não vai mais “admitir interferência”, fazendo referência à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impediu a posse de Alexandre Ramagem na direção da Polícia Federal, sob a justificativa de sua amizade com o presidente e sua família, o que poderia comprometer as investigações em curso.

É a segunda manifestação nos últimos 20 dias em que manifestantes pedem intervenção militar. Dessa vez ainda criticaram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ministros do STF e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que em sua demissão acusou Bolsonaro de interferências políticas na PF para proteger familiares.

Na manifestação de ontem, parte dos manifestantes agrediram profissionais da imprensa enquanto Bolsonaro discursava. “Temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia, pela liberdade”, disse o presidente.

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