Educação 4.0 avança a passos largos e revoluciona a rede municipal de ensino de Lucas do Rio Verde

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A aquisição de 360 chromebooks, em 2018, deixava claro que a Secretaria Municipal de Educação de Lucas do Rio Verde, plenamente de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que ainda seria implantada, apostava na inovação e no uso da tecnologia dentro das salas de aula como indispensáveis para que o método de ensino saísse da mesmice reproduzida há séculos e os alunos, finalmente, pudessem assumir o papel de protagonistas.

O acerto da iniciativa era evidente no brilho do olhar e na satisfação de cada criança ao primeiro contato com essa ferramenta agora disponível para melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem. Ao mesmo tempo, demonstrava o quanto as novas gerações se conectam cada vez mais cedo com o mundo digital e a necessidade de adaptação urgente dos professores menos adeptos ou mais refratários à nova realidade.

Por outro lado, dotar escolas do município com recursos didáticos inovadores tem contribuído para aumentar a autoestima e a sensação de pertencimento e de valorização dos profissionais. Como exemplo disso, a chegada de alguns equipamentos levou à publicação nas redes sociais de manifestações exultantes de professores que diziam nem acreditar que esse tipo de investimento estava sendo feito em uma rede pública de ensino.

“Bastam alguns cliques para a internet colocar o mundo inteiro, com sons, imagens e uma infinidade de informações, jogos e apelos emocionais ao alcance da mão e isso aguça a curiosidade de qualquer criança. As mudanças ocorrem numa rapidez que exige formação constante para acompanhar o processo evolutivo, entender como funciona a cabeça dos alunos de hoje e como tornar a escola atraente e preparada para educá-los integralmente”, avalia a secretária municipal de Educação, Cleusa Marchezan De Marco.

A educação 4.0, com sua linguagem digital e seus recursos tecnológicos, veio para sacudir a poeira do ambiente escolar e aquele modelo educacional ultrapassado, extremamente limitador de potencialidades e de habilidades, do desenvolvimento cognitivo, socioemocional e da criatividade vai sendo substituído a passos largos por ciberambientes onde cabeças e mãos têm o desafio de colocar em prática propostas que estão revolucionando a forma de aquisição de saberes e de transmissão de conhecimento.

Munidas cada vez mais de modernos equipamentos ainda normalmente encontrados apenas em algumas instituições da rede privada, todas as escolas da rede municipal de ensino do 1º ao 9º ano de Lucas do Rio Verde hoje dispõem de internet banda larga, laboratórios de informática revitalizados e todos os gestores, coordenadores e profissionais docentes, efetivos ou contratados, estão tendo formação tecnológica para domínio e uso de ferramentas digitais dentro e fora da sala de aula.

Os investimentos e novidades não param e, nessa mesma linha, outros 396 novos chromebooks foram adquiridos para somarem-se aos 450 tablets já em uso pelos professores para facilitar o trabalho em sala de aula, aos 104 kits de robótica recebidos para incrementar as aulas das oficinas e aos 200 kits de programação. Projetos como o MicroBit, da BBC, que ensina noções de programação para professores aplicarem posteriormente na sala de aula, o Eu Empreendo, um piloto colocado em prática para alunos do 9º ano da Escola Cecília Meireles, e as oficinas de informática nas escolas de tempo integral têm servido para ampliar o alcance das medidas inovadoras.

“Além de alguns professores receberem formação para a implantação do projeto de robótica sustentável e de robótica nos anos iniciais e finais e das oficinas de informática nas escolas de tempo integral, outros novos professores e técnicos especializados em (TI) estão sendo contratados para dar suporte em questões técnicas e didáticas aos professores dentro e fora da sala de aula”, destaca a coordenadora do Núcleo Tecnológico, Márcia Bottin Barbosa.

Em fase de testes, o TECLucas, o Portal da Educação, uma plataforma que terá conteúdos específicos para ser compartilhada por educadores, estudantes, pais e servidores da rede municipal, logo mais também estará disponível para entrar em ação. Do mesmo modo, o Laboratório Maker, o estúdio para gravação de vídeo-aulas e as salas de videoconferência, que serão instalados no Centro Tecnológico.

Tudo isso, segundo Márcia Barbosa, proporcionou o suporte necessário para que a rede municipal estivesse devidamente equipada e preparada para oferecer educação à distância tão logo as aulas foram suspensas em todo o país em virtude da pandemia do coronavírus. “Duas semanas depois, todos os pais de alunos do Infantil III ao 9º ano incluídos nos grupos de Whatsapp criados em cada sala de aula estavam recebendo links com conteúdos lúdicos e pedagógicos selecionados pelos professores. Os conteúdos impressos se destinam para menos de 10% das famílias”, destaca.

Como os avanços nessa área não cessam e os investimentos precisam ter continuidade, tudo isso conta com o respaldo da criação da Política Municipal de Ciência, Inovação e Tecnologia Educacional, do Sistema Municipal de Ciência, Inovação e Tecnologia Educacional, do Fundo Municipal de Ciência, Inovação e Tecnologia Educacional e, mais recentemente, da instalação do Centro Tecnológico Municipal, que reúne um grupo de profissionais especializados em Tecnologia da Informação (TI) encarregado de buscar novas soluções, elaborar projetos e cuidar da formação dos próprios colegas.

“A educação precisa ser pensada a longo prazo e só assim conseguiremos assegurar que todos esses programas e práticas tenham continuidade como política pública e não venham a ser interrompidos ou substituídos segundo a vontade de cada governante e sem levar em conta os interesses da coletividade”, observa a secretária Cleusa De Marco.

Fonte: Ascom Prefeitura