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Mato Grosso chegou ao caos – disse Secretário de Saúde MT

Já há uma fila de pacientes em Mato Grosso com Covid-19, seja internados em leitos de enfermaria ou em tratamento domiciliar, aguardando vaga em UTI.

Só em Várzea Grande, já são mais de 30, como confirma o secretário de comunicação Marcos Lemos. Segundo ele, alguns em estado muito grave foram direcionados a leitos intensivos que não estavam direcionados à pandemia. “Para não deixar morrer”, justifica. Nas UPAs Cristo Rei, Ipase e no Pronto-Socorro de VG também há hospitalizados na espera.

Sem saber dimensionar o tamanho da fila, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, confirmou a demanda excedente em live sobre a pandemia nessa manhã (24). A falta de UTIs é um dos aspectos que o levou a dizer, na mesma live, que Mato Grosso chegou ao caos, no enfrentamento da Covid-19.

Segundo ele, mesmo que o governo quisesse ampliar as vagas de UTI, agora, isso não seria tão célere quanto o necessário. Por isso, segundo ele chegou o momento das pessoas tomarem consciência e ficarem em casa, evitando o adoecimento e a precisão de atendimento intensivo sem ter, na rede pública e privada.

“Se você ou sua família precisar, vai ter um certo desconforto e tenho certeza que nem precisa passar por isso para saber o quanto é difícil ver um parente nessa situação de falta de vaga ou mesmo indo para UTI”, comentou.

Segundo o secretário, o mundo está em uma grande força-tarefa para atender pacientes graves da Covid-19 e evitar óbitos. Já morreram mais de 476 pessoas, na pandemia que iniciou na China, se alastrando em seguida. Parte por falta de UTI.

No Brasil, segundo o secretário, houve equívoco em mandar as pessoas só procurarem atendimento médico quando sentissem desconforto grande e falta de ar. Sendo assim, estão chegando na porta de entrada do sistema de saúde já passando muito mal. “Estamos aprendendo com a pandemia e decisões precisam ser tomadas de forma dinâmica”, justifica.

Para conseguir a entrega de 50 respiradores, já comprados pelo Estado, ele conta com a justiça, porque estão embargados. Sobre a possibilidade pegar emprestado equipamentos de outros estados para ampliar as UTIs locais, destaca que todo o país enfrenta a crise com dificuldades, mas não descarta essa saída. Só que, mesmo com respiradores, surgiria outro problema: contratar equipe médica.

 

por RDNews

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