PF descobre degradação “gigante” em terra indígena na 1ª operação por rio

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Vinte hectares, o equivalente a quase 20 campos de futebol, é o tamanho da degradação ambiental, na terra indígena Sararé, descoberta por agentes da Polícia Federal durante investigações na área ocupada pelo povo da etnia Nambikwara Katitaurlu. Alguns destes crimes tinham anuência de indígenas – presos ao longo das investigações na terra rica em ouro e madeira aroeira.

A área de difícil acesso é localizada na região de Pontes e Lacerda (a 571 km de Cuiabá). Para ter acesso às provas, a Polícia Federal usou a inteligência em pelo menos 90% da apuração. Foi assim que rastreou os criminosos, o local de ação e os passos de cada um dos envolvidos.

Primeiras investigações

No início de fevereiro deste ano, um drone levantou voo em um terreno localizado a 5 km da Sararé. Controlado por agentes federais, ele buscava informações sobre garimpos ilegais naquela área. De fevereiro a março, início da pandemia da Covid-19, agentes se revezavam no levantamento de dados e informações sobre os desmatamentos ilegais na área.

Fotos e vídeos foram tirados para mostrar gradativamente o crime ambiental na rica terra do povo Nambikwara. E, para a surpresa dos policiais camuflados na mata, os garimpeiros se aproveitaram do avanço do coronavírus para intensificar o crime ambiental. Na área, havia pelo menos 500 pessoas, motores, embarcações, dragas, geradores e motosserras.

Dayanne Dallicani

operação reserva sararé