O vereador Abílio Júnior (Podemos) afirmou que disputará a Prefeitura de Cuiabá, nas eleições de novembro deste ano, independente de enfrentar ou se aliar aos colegas da base de oposição na Câmara Municipal.
Isso porque, o colega de bancada, Felipe Wellaton (Cidadania), também pleiteia o Palácio Alencastro. Já Diego Guimarães é do mesmo partido de Wellaton e deve apoiar sua candidatura.
Inicialmente, Abílio disse que não enfrentaria o colega. A ideia era que ambos articulassem seus nomes para, mais à frente, decidir quem deverá encabeçar a disputa majoritária.
“O ideal seria se nós todos tivéssemos juntos. Eu briguei, insisti, porque quero que estejamos juntos. Mas, essas brigas entre partidos, não é uma decisão que eu vou tomar. Eu já vi isso antes”, afirmou Abílio em vídeo divulgado em suas redes sociais nesta semana.
“Eu não vou sentar com partidos e achar uma solução para isso. Eu gostaria que o Wellaton e o Ulisses Moraes estivessem comigo, mas se não der, vamos em frente. Nós vamos em frente. Esse será o meu lema”, acrescentou.
No vídeo com mais de 12 minutos, ele apontou que tomou a decisão após perder o avô e tio – os pastores Sebastião Rodrigues de Souza e Rubens Siro de Souza, respectivamente – em decorrência da Covid-19.
“Eu sou pré-candidato a prefeito de Cuiabá. Esse ano perdi o meu tio, meu avó, minha mulher está grávida, fui cassado, voltei… Ainda tem muita coisa para acontecer pela frente. E as coisas estão cada dia mais difíceis. O meu grande medo é: deixar o prefeito do paletó ser eleito por mais quatro anos”, disse.
“Eu gostaria muito de pedir para meu avó e pedir um conselho a ele. E bem provavelmente ele falaria: siga em frente”, completou.
Cenário não favorável
Apesar da decisão, Abílio afirmou que cenário para a sua candidatura não é favorável. Segundo ele, em uma pesquisa realizada internamente por partidos, o prefeito da Capital Emanuel pinheiro (MDB) apareceu com larga diferença de intenção de votos.
“Saiu uma pesquisa recente que o Emanuel tem 30% e eu 17%. […] E os outros pré-candidatos que poderiam tirar o Emanuel, estão muito abaixo. A diferença é muito grande. E eu sinto essa cobrança para que eu tome a decisão. Então, sou pré-candidato a prefeito de Cuiabá”, disse.
Abílio ainda revelou que o Podemos não deve compor uma grande aliança de partidos para o pleito. Parte disso, devido a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em realizar a eleição suplementar para o Senado em Mato Grosso no dia 15 de novembro – mesma data do primeiro turno das municipais.
A sigla pleiteia o deputado federal José Medeiros para a candidatura ao Senado em uma chapa pura.
“Há chance de não ter dinheiro, não ter muito tempo de TV e de não ter coligação com muitos partidos. Um ou dois no máximo. Sou de direita e apoio o Bolsonaro, e isso afasta muita gente”.
“Eu ainda gostaria que o PSL estivesse junto com a gente. Mas eles lançarão o deputado Elizeu Nascimento ao Senado e é possível que lancem o Ulisses Moraes a prefeito de Cuiabá”, disse.
Veja vídeo:
Por Midia News