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Com 5 frente de trabalho, bombeiros ainda encontram dificuldades para combater incêndio no Pantanal

Para combater o fogo no Pantanal mato-grossense os bombeiros estão com cinco frentes de trabalho. No entanto, o maior incêndio fica numa região de difícil acesso, o que torna o trabalho ainda mais arriscado.

O Centro Integrado de Multiagências, criado por decreto neste mês, se reuniu nesta terça-feira (28) para traçar estratégias de combate aos incêndios florestais em Mato Grosso.

São mais de 10 instituições estaduais e federais reunidas com um só objetivo: combater os incêndios florestais nos três biomas de Mato Grosso: Pantanal, Cerrado e Floresta Amazônica.

“A principal estratégia do estado hoje é a integração das forças. Além dessa integração a coparticipação onde o estado pode fiscalizar áreas federais e os entes federais podem fiscalizar áreas do estado. Isso otimiza o nosso trabalho”, explicou o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.

O que mais preocupa hoje é o Pantanal onde o fogo já atingiu uma área de 35 mil hectares.

“Esse ano é um ano atípico no Pantanal, muito seco. Há 14 anos não tinha um grande incêndio no Pantanal e culminou agora com uma grande estiagem e seca e também com uma grande quantidade de massa, vegetação, que nesse período seco se transforma em matéria orgânica, apodrece, se deteriora e forma diversos gases e pode pegar até fogo espontâneo”, explicou o comandante geral do Corpo de Bombeiros, Alessandro Borges Ferreira.

De acordo com Alessandro, a estratégia é fazer uma defesa forte das áreas de conservação.

“O acesso é difícil. Nós não temos acesso nem por terra e nem por meio aéreo porque não tem pistas de pousos naquela região, então realmente dificulta muito o combate”, ressaltou.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) é um dos parceiros que vão dar apoio no Pantanal, mas por enquanto as equipes estão atuando em outras áreas.

O superintendente do Instituto, Gibson Almeida Costa Júnior, disse que são 11 brigadas constituídas. Dessas nove estão em Terras Indígenas e duas em projetos de assentamentos rurais.

“Essas brigadas estão distribuídas com 180 brigadistas. Estamos com duas aeronaves no estado fazendo o trabalho de prevenção, uma no parque nacional do Xingu e outra na Ilhado Bananal na divisa com Tocantins”, contou.

Crime

Apesar de alguns incêndios nessa região terem ocorrido de forma natural, e alguns locais as pessoas têm contribuído para as queimadas.

De acordo com a delegada de Polícia Especializada do Meio Ambiente, Alessandra Saturino, a pena para quem cometer esse tipo de crime vai de dois a quatro anos, pois é considerado uma agressão ao Meio Ambiente.

“A pessoa que intencionalmente ataca o meio ambiente fazendo o uso do fogo. Aquele que de forma negligente também atua, ele também poderá ser

A Polícia Militar por meio do Batalhão de Proteção Ambiental atua na função de comando e controle e fiscalização aplicando as medidas administrativas e criminais nesse tipo de ocorrência.

A multa pode ser de R$ 1 mil a 5 mil por hectare de área queimada, além de outros referentes a danos ambientais que podem ocorrer na área afeta a essa a essa queimada ilegal.

Por G1/MT

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