As escolas particulares estão sentindo os efeitos da pandemia. Muitos pais levaram os filhos para a rede pública.
Com as aulas suspensas desde o início da pandemia, as dificuldades financeiras começaram a aparecer. O filho e a sobrinha da gestora ambiental Cláudia Regina Machado de Souza, por exemplo, tem uma nova rotina de estudos.
A alternativa foi tirar as crianças da escola particular e contratar uma professora para dar aulas em casa com um preço mais acessível. “Por diversas vezes falei com o diretor e ele não demonstrou em nenhum momento que estava interessado que as minhas crianças ficassem no colégio. Não tive outra opção, a não ser tirá-los”, afirma.
Segundo o presidente do Sinepe -MT, Gelson Menegatti, a educação infantil é a mais atingida e houve até o fechamento de escolas. “Creches e berçários estão com as portas fechas porque não têm clientela. Não tem o recebimento para o pagamento dos seus profissionais. A nossa maior dificuldade está sendo a educação infantil, onde houve uma evasão. Tivemos escolas com 100%, 90% e 80% de evasão. Acabou o fechamento da escola e a demissão de todos os profissionais”, afirma.
Outra consequência negativa que foi sentida nas escolas particulares durante a pandemia foi a inadimplência.
INADIMPLÊNCIA
Segundo o Sinepe, a taxa já é de 44% e esse número aumenta a cada mês. A queda na renda é o principal fator que dificultou a vida de muitas famílias.
Para a economista Gabriela Cavlac, é preciso reorganizar o orçamento doméstico e conter gastos é importante porque ainda não sabemos quando a pandemia vai passar. “Se você não está com a situação equilibrada, não compre o item que não é necessário. Primeiro equilibre a sua situação, ponha as suas contas em dia. Deixa uma parte do seu salário pra reserva de contingência, para uma situação de emergência ou uma situação de saúde que nós não sabemos. A qualquer momento nós podemos pegar essa doença”, afirma.
Fonte: G1-MT