Pandemia fecha 80 academias e deixa 1 mil desempregados

0
109

O presidente do Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso, Carlos Alberto Eilert, revelou que  mais de mil profissionais do setor estão em situação de vulnerabilidade diante do desemprego provocado pelo fechamento das academias em Cuiabá. De acordo com o levantamento, das 240 unidades que funcionavam na capital, 80 já decretaram falência por conta da pandemia do novo coronavírus.

Os empreendimentos foram fechados em março, como medida de prevenção à Covid-19, e seguem sem previsão para retomarem suas atividades. Segundo Eilert, a situação econômica dos trabalhadores têm se agravado, principalmente porque o Governo Federal vetou o auxílio emergencial à maioria dos trabalhadores do setor. “As academias querem cumprir esse protocolo. Nossos profissionais querem trabalhar. Tem funcionários administrativos e profissionais da educação física sem nenhum tostão no bolso. E tem mais, o presidente república vetou aquele auxilio de R$ 600”, disparou.

Os profissionais de educação física e empresários do ramo chegaram a protestar em frente à Prefeitura de Cuiabá no último dia 26 de maio, pedindo a reabertura das academias em Cuiabá. Com isso, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) prometeu analisar as medidas já flexibilizadas para fazer novas alterações nos decretos anteriores.

No fim de maio, o chefe do Executivo Municipal realizou uma reunião com representantes do setor para negociar a possível reabertura, o que não aconteceu até agora. “De lá para cá nós estamos esperando o decreto que o prefeito assumiu o compromisso e até hoje ele não saiu”, reclamou Eilert.

Os profissionais entendem que é possível reabrir as academias com controle de entrada de pessoas, espaçamento maior entre os aparelhos e adoção de medidas sanitárias mais rígidas. O pedido para flexibilização da atividade foi reforçado ao Palácio Alencastro e foi enviado também ao Governo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal de Cuiabá.
O vereador Vinicyus Hugueney (SD) apresentou nessa terça-feira (14), um projeto de lei que inclui as academias no roll dos serviços essenciais. Se aprovada, os estabelecimentos poderiam continuar funcionando durante a pandemia.

“Eles já têm um protocolo de conscientização para desinfecção. Agora a preocupação é maior ainda e as academias querem cumprir esse protocolo com distanciamento mínimo e álcool em gel”, concluiu.

 

Créditos ao FolhaMax