Os Feirões Limpa Nome são uma das opções para quem quer pagar as dívidas e limpar o nome. Nas será que esse é o momento para deixar as contas em dia?
Não é o momento para renegociar as dívidas em feirões, segundo com Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira.
Para o especialista, se as finanças da família estão sendo afetadas com a crise, possivelmente a não conseguirá honrar com a negociação feita no feirão.
Ao renegociar as dívidas, segundo Ivan Sanches, educador financeiro, é preciso avaliar se as parcelas caberão no seu orçamento.
“Só se deve buscar a renegociação de dívidas quando tiver condições de pagar, ou seja, após conhecer as suas finanças e se planejar. Um passo precipitado pode até piorar a situação”, orienta Domingos.
Antes de fazer novos acordos é preciso conhecer alguns pontos importantes.
1- Vida financeira
Reinaldo Domingos diz que é necessário repensar a vida financeira de toda família para poder pagar a dívida. Caso contrário, será apenas um paliativo.
2- Organizar as finanças:
Ele alerta que anotar o orçamento permite eliminar gastos desnecessários.
“Faça um diagnóstico financeiro, ou seja, identifique exatamente quais são seus ganhos e gastos mensais. Com os números em mãos, elimine despesas supérfluas ou desnecessárias”, diz Domingos.
Ele também aconselha a ir para negociação somente quando souber o quanto terá disponível mensalmente para pagar.
3- Conhecer todas as dívidas
Segundo Domingos, colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possui ajuda a ir se preparado para a negociação.
“É importante ter noção do valor aproximado da dívida total para poder solicitar um bom desconto”, completa Ivan Sanches.
4- Prioridades nas dívidas básicas
De acordo com Domingos, contas de energia elétrica, água e moradia devem ser priorizadas, assim como as de maior incidência de juros, como cheque especial e cartão de crédito.
5- Negocie para ter bons descontos
Se já tiver alguma reserva financeira para quitar a dívida é possível obter descontos no valor total.
“Se não conseguir, poupe mensalmente as rendas extras, como o 13º salário, para voltar a negociar em breve”, comenta Domingos.
Sanches diz para “solicitar o abatimento dos juros e todas as correções”.
“O credor também quer receber, então ele abre mão de uma parte da dívida e toma um menor prejuízo”, finaliza Sanches.