O Pantanal de Mato Grosso do Sul sofre com um ano de queimadas. Apenas do início de 2020 até este domingo (19), foram registrados 3.179 focos de incêndio no bioma do estado, o maior número já mapeado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no período desde 1998, ano em que o monitoramento começou a ser realizado.
O número registrado apenas nestes sete meses já é maior do que o monitorado em todo o ano de 2018, por exemplo, quando 1.691 focos tiveram de ser combatidos no Pantanal sul-mato-grossense. Recordista em queimadas no Brasil, o município de Corumbá, na divisa de Mato Grosso do Sul com a Bolívia, sofre com a fumaça dos incêndios ao redor da área urbana. Apenas nas últimas 48 horas, foram 146 novos focos registrados pelo INPE, com mais de 7 mil hectares consumidos pelas chamas.
Incêndio em Corumbá (MS), no Pantanal sul-mato-grossense — Foto: TV Morena/Reprodução
Segundo o Corpo de Bombeiros, algumas queimadas são criminosas e outras surgem por conta de fatores climáticos. A grande dificuldade do trabalho dos bombeiros é que, apesar de visíveis, alguns dos focos ficam em área de difícil acesso ou em locais bem distantes, em que é necessário utilizar barcos e ainda percorrer parte do trajeto a pé, para o combate.
Só até o último domingo, o INPE registrou mais de 2218 focos de queimadas neste ano no município de Corumbá, 1.757 a mais do que Poconé (MT), a segunda cidade com mais focos listada pelo Instituto. De acordo com o Corpo de Bombeiros, são realizados levantamentos logísticos e de estratégia periodicamente para o combate das queimadas no município.
Área queimada em Corumbá (MS), no Pantanal sul-mato-grossense — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Por G1/MT