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5 propostas de Trump para os Estados Unidos

A menos de três meses das eleições presidenciais de 2020, os Estados Unidos estão divididos entre reeleger o presidente Donald Trump ou interromper sua estadia na Casa Branca e eleger o candidato do Partido Democrata, Joe Biden.

Eleito em 2016 com o slogan Make America Great Again e com a proposta de construir um muro na fronteira com o México para impedir a entrada de imigrantes ilegais, Trump mantém as bases da sua bem sucedida campanha anterior para as eleições deste ano. Com propostas de reforçar o combate à imigração ilegal, desmantelar o Obamacare e fortalecer a economia e as Forças Armadas, o atual presidente aposta em cinco pontos centrais para mudar os EUA.

1. Imigração

Um dos pontos centrais da campanha eleitoral de 2016 de Trump ainda permanece na de reeleição: a construção de um muro ao longo da fronteira sul dos EUA, com o objetivo de interromper o fluxo de imigrantes ilegais vindos do México. O projeto caminha a passos lentos, mas a repressão à imigração continua sendo uma das questões políticas que mais animam a base eleitoral de Trump.

A nova abordagem para a imigração legal pretende substituir o atual sistema de imigração, “desatualizado e aleatório”, por um baseado em mérito. “Devemos dar as boas-vindas àqueles que seguem as regras, contribuem para a nossa economia e defendem os nossos valores”, defendeu Trump.

Ele prometeu deportar ilegalmente de dois a três milhões de imigrantes nos Estados Unidos que têm antecedentes criminais. Trump também quer garantir que os empregos abertos sejam oferecidos primeiro aos trabalhadores americanos.

O presidente criticou, ainda, os mais de 130 membros do Congresso que apoiaram a atual legislação. “Isso levaria nossa nação à falência ao fornecer assistência médica gratuita financiada pelos contribuintes a milhões de estrangeiros ilegais, forçando os contribuintes a subsidiar assistência gratuita para qualquer pessoa que cruze ilegalmente nossas fronteiras”, apontou.

2. Fortalecer a economia

Desde a eleição de Trump em 2016, 7 milhões de americanos saíram de programas sociais de voucher alimentício e outros milhões saíram da faixa de renda que os colocariam em programas sociais. A abordagem escolhida por Trump para enfrentar a pobreza é fortalecer a economia – e deverá permanecer no próximo mandato, se reeleito.

Os planos incluem reduzir o salário mínimo federal para tornar as empresas americanas mais competitivas e punir as companhias que terceirizam mão de obra e trazer de volta empregos que hoje estão na Ásia e no México. O objetivo de Trump é criar mais postos de trabalho do que qualquer outro presidente na história dos EUA.

Outro plano para fortalecer a economia é reduzir a dívida nacional, eliminando o desperdício nos gastos federais. Trump reduziu o número de funcionários federais com um congelamento de contratações e reduções de orçamento. O presidente também cortou o orçamento do Departamento de Educação em US$ 10,4 bilhões e do Departamento de Energia em US$ 2,2 bilhões.

Trump defende que um corte de impostos aumentará o crescimento o suficiente para compensar a perda de receita. A Lei de Redução de Impostos e Empregos de 2017 cortou o imposto de renda e reduziu a taxa de imposto sobre as empresas para 21%.

3. Licença maternidade e paternidade

O presidente aplaudiu o Congresso por conceder aos funcionários federais 12 semanas de licença remunerada e pediu aos legisladores que fornecessem alguma forma de benefício nacional para trabalhadores do setor privado. Segundo Trump, a licença parental remunerada é um modelo para o resto do país.

A maioria dos americanos é favorável a um programa nacional de licença familiar remunerada. A ideia também é apoiada pelos democratas, que defendem um modelo que traria custos para o contribuinte equivalentes a “uma xícara de café por semana”. Mesmo com esse custo, o apoio a um programa nacional é de quase 50%.

O projeto apoiado por Trump, por outro lado, não aumenta impostos nem cria obrigações para as empresas, duas das principais prioridades dos republicanos. Um projeto de lei bipartidário, apresentado em dezembro pela senadora democrata Kyrsten Sinema e pelo senador republicano Bill Cassidy, permitiria aos novos pais coletar uma parte de seus futuros créditos fiscais antecipadamente e receber um crédito menor pelos próximos 10 a 15 anos. O projeto também inclui licenças para bebês ou crianças recém-adotadas menores de 6 anos.

4. Forças armadas

O presidente declarou que o Exército americano foi “completamente reconstruído”. Embora a dimensão da reconstrução seja questionável, nos três anos de governo Trump a prontidão da instituição cresceu 55%.

A melhoria é resultado de orçamentos favoráveis. O orçamento militar para 2021 é de US$ 740,5 bilhões, o maior desde a Segunda Guerra Mundial. Um dos objetivos é construir mais armas nucleares, preparar-se para guerras com novos adversários e expandir a presença militar global.

Para expandir as Forças Armadas, uma das apostas para os próximos anos é a Força Espacial, sexto braço das Forças Armadas dos Estados Unidos que visa assumir operações militares no espaço. O escopo está principalmente no uso e proteção de satélites essenciais para a guerra, cada vez mais relevante para um país de alta tecnologia como os Estados Unidos e alguns de seus adversários.

A Força Espacial foi estabelecida em dezembro de 2019 e deverá entrar em operação em meados de 2021. Nessa primeira fase, foram injetados US$ 40 milhões para “desenvolver profissionais espaciais militares, adquirir sistemas espaciais militares e amadurecer a doutrina militar para o poder espacial”.

5. Saúde

Reduzir custos de saúde é um dos pedidos principais do presidente Trump para o Congresso. O outro lado da moeda é o pedido de proteção para as famílias americanas poderem escolher o plano de saúde privado de sua preferência. Algumas iniciativas nesse sentido incluem reformas para reduzir o custo de atendimento médico, fornecendo aos consumidores e pequenas empresas novas opções de planos de saúde e dando aos estados mais espaço para fornecer isenções de altos prêmios para cobertura individual.

Neste ano, Trump pediu que a Suprema Corte dos EUA revogue a Lei de Assistência Acessível, programa federal de saúde ainda conhecido como Obamacare. A medida encerraria permanentemente o programa de saúde inaugurado por Barack Obama.

O Obamacare exige que qualquer pessoa que viva nos Estados Unidos, americana ou estrangeira, deve aderir a um plano de saúde, sob pena de multa. Ao mesmo tempo, proíbe as seguradoras de variar os valores dos planos com base no histórico clínico ou no sexo do paciente, recusar cobertura a pacientes muito caros ou limitar a quantidade de reembolsos anuais.

Segundo membros do governo Trump, o sistema que combina coberturas públicas e privadas foi um fracasso. Além disso, a obrigatoriedade de aderir ao programa é vista pelos republicanos como um abuso contra as liberdades individuais.

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