Ao comentar a alta de popularidade de Bolsonaro divulgada em pesquisa do Datafolha, o vice afirmou que o auxílio emergencial e o crédito foram um fator.
“Muito bom, né? Acho que são as medidas que o governo tomou para combater a pandemia, elas surtiram efeito. As pessoas que estavam em situação, digamos assim, bem difícil porque eram trabalhadores informais e perderam a capacidade de ganhar o dinheirinho deles de cada dia, receberam esse recurso do ‘coronavoucher’ (auxílio emergencial) “, disse Mourão na manhã desta sexta-feira (14) a jornalistas em Brasília.
“As pequenas e micro empresas tiveram acesso a crédito de quase R$ 30 bilhões, outras linhas de crédito foram abertas. Acho que isso deu um gás na popularidade do presidente”, afirmou o vice-presidente.
Segundo a pesquisa Datafolha, Bolsonaro está com a melhor avaliação desde o começo do mandato. O levantamento mostra que 37% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom, ante 32% que o achavam na pesquisa anterior, feita em 23 e 24 de junho.
Houve grande queda na curva de rejeição: caíram de 44% para 34% os que o consideravam ruim e péssimo no período. Desta vez, classificaram o governo Bolsonaro como regular 27% dos pesquisados, ante 23% em junho.
O Instituto Datafolha entrevistou por telefone 2.065 pessoas entre os dias 11 e 12 de agosto – e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.
Mourão também foi perguntado por jornalistas nesta sexta (14) em Brasília se a melhora na popularidade de Bolsonaro também poderia ser explicada pelo tom mais conciliador adotado nas últimas semanas, evitando confrontos com o Legislativo e o Judiciário. Mourão respondeu que o presidente “sabe fazer política”.
“O presidente, rapaz, sabe fazer política. Vamos lembrar, o cara está há 30 anos na política. Ele sabe como as coisas andam e ele tem uma visão correta dos objetivos que a gente tem que ter para buscar melhorar a situação do país e preparar o país para voos mais altos”, disse o vice.
Campanha de reeleição
Nos últimos dias, Bolsonaro tem participado de eventos como a inauguração de uma praça em Belém, capital do Pará, além da abertura de uma escola cívico-militar no Rio. Analistas políticos têm visto esse comportamento como uma espécie de campanha de reeleição, já que o presidente tem priorizado eventos como esses em meio à pandemia de Covid-19, além de desrespeitar regras sanitárias – não usando máscara e gerando aglomerações.