O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, concedeu liberdade ao conselheiro afastado do Tribunal de Contas (TCE-MT), Waldir Teis, em decisão da noite desta sexta-feira (31). Teis foi preso no dia 1º de julho, após o episódio em que foi flagrado descendo 16 andares do prédio onde funciona seu escritório, para descartar provas
A petição foi feita pelo escritório do advogado Rodrigo Mudrovitsch. De acordo com a defesa, a decisão que concedeu a prisão domiciliar foi proferida na noite de ontem (31), mas como ainda aguardam a expedição dos ofícios o conselheiro ainda não saiu da cadeia.
Waldir Teis deve ser solto ainda neste final de semana. A ordem para a prisão foi proferida pelo ministro Raul Araújo, relator da Operação Ararath no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e teve como base relatório da Polícia Federal. O fato ocorreu no dia 17 de junho, mas a prisão só foi cumprida no dia 1º de julho.
A defesa havia justificado que Teis destruiu documentos para proteger sua família. Segundo o advogado que patrocina a defesa de Waldir Teis, Diógenes Curado, os documentos manipulados pelo conselheiro não apontavam crimes, mas poderiam citar membros de sua família.
O dia do crime
Em 17 de junho, cumprindo as medidas cautelares autorizadas pelo STJ, policiais federais e membros do MPF estiveram em 19 endereços ligados aos investigados da Operação Ararath.
Durante as buscas no escritório do conselheiro do TCE, no Edifício Maruanã, a Polícia Federal flagrou o investigado tentando destruir cheques assinados em branco e canhotos de cheques, jogando-os na lixeira do prédio, depois de descer correndo 16 andares de escada.