A Nova Zelândia anunciou nesta terça-feira (11) que fecharia sua maior cidade, Auckland, após descobrir quatro novos casos de covid-19, a primeira evidência de transmissão comunitária depois de ficar 102 dias livre do novo coronavírus.
A primeira-ministra Jacinda Ardern disse que Auckland entrará no nível três de restrições, a partir do meio-dia dessa quarta-feira (12), por “precaução”, o que significa que as pessoas terão que ficar longe do trabalho e da escola, e reuniões de mais de dez pessoas estão mais uma vez limitadas. A restrição será aplicada por três dias, até sexta-feira (14).
O diretor-geral de Saúde, Ashley Bloomfield, afirmou que quatro casos foram confirmados em uma única família. Uma pessoa está na casa dos 50 anos. Ninguém tinha histórico de viagens a outros países. Os integrantes da família foram testados e o rastreamento de contatos está em andamento.
“Isso é algo para o qual nos preparamos”, disse Ardern, em uma entrevista coletiva, acrescentando que a cautela se deve ao fato de a origem do vírus ser desconhecida.
“Tivemos 102 dias e era fácil pensar que a Nova Zelândia estava fora de perigo. Nenhum país chegou tão longe quanto nós sem uma recaída. E porque nós fomos os únicos, tínhamos que ter um plano. E temos”, disse.
Viagens para Auckland, na Ilha Norte, serão restritas, com exceção a moradores, afirmou.
Ardern também disse que o resto da Nova Zelândia entraria no nível dois de alerta amanhã, a partir do meio-dia, durante três dias. Isso significa que medidas de distanciamento social serão aplicadas novamente. Ela pediu que as pessoas não corram aos supermercados para estocar suprimentos.
A Nova Zelândia marcou 100 dias sem transmissão comunitária do coronavírus no domingo (9), mas pediu que as pessoas não baixassem a guarda, com países como Vietnã e Austrália, que já tiveram o vírus sob controle, agora lutando contra o ressurgimento de casos.
Paralelamente, uma vila de aposentados em Christchurch, na Ilha Sul da Nova Zelândia, foi colocada em lockdown, após moradores apresentarem sintomas de doença respiratória, afirmou hoje o New Zealand Herald.