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Enfermeiro acusa mãe de autora de disparo de mexer em arma após crime

Em depoimento à polícia, um enfermeiro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) contou ter pedido para uma mulher que seria a mãe da adolescente que disparou o tiro que atingiu e matou Isabele Ramos, 14 anos, em um condomínio de luxo, em Cuiabá, não mexesse na arma, pois poderia alterar a cena do crime. A arma não estava no local quando os policiais chegaram.

O médico e os enfermeiros que atenderam a ocorrência prestaram depoimento na semana passada, sobre o que houve no dia 12 de julho – data em que Isabele foi morta na casa da amiga, também de 14 anos. A amiga alegou que o tiro foi acidental.

O Samu foi chamado às 22h02 e chegou 10 minutos depois. Um dos enfermeiros disse que eles tiveram dificuldades para entrar no condomínio porque a portaria não tinha conhecimento da solicitação do Samu.

Ele ainda viu uma mulher que, possivelmente poderia ser a mãe da adolescente, retirando o material de manutenção de armas que estava em cima da mesa. Ele orientou que ela não manuseasse a arma, pois tratava-se da cena de um crime.

Troca de roupas

Até agora, 21 pessoas já foram ouvidas pela polícia. Pelo menos sete estavam na casa no momento do disparo. Uma vizinha contou que a adolescente e a irmã foram até a casa dela e trocaram de roupa logo depois que Isabele foi atingida.

A mãe de Isabele, Patrícia Hellen Guimarães Ramos, foi chamada por causa do acidente que havia ocorrido. Ela questiona como que elas tiveram a ideia de trocar de roupa depois do que aconteceu.

“Como é que duas adolescentes tiveram a ideia de tomarem banho e trocarem de roupa depois do que aconteceu? Por que eu não teria conseguido nem trocar o meu roupão. Eu estava realmente chocada com tudo que havia acontecido. Pareceu um teatro, uma encenação”, afirma.

Patrícia conta que a arma não estava no local do acidente e que o banheiro estava bem limpo. “A arma não estava na cena do crime. Eu me recordo de que o banheiro estava bem limpo, só havia sangue em baixo da cabeça da minha filha e havia bastante sangue. Essa arma só apareceu com a chegada do delegado”, afirma.

O caso

O acidente aconteceu no dia 12 de julho quando Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi até a casa da amiga. O namorado da adolescente levou duas armas para mostrar ao pai dela. O pai da menina pediu que ela levasse as armas para o andar de cima da casa.

Segundo o depoimento da adolescente, Isabele estava no banheiro e ela foi chamá-la, a arma caiu da mão e quando ela pegou, foi feito o disparo acidentalmente.

O pai da menina alegou que as armas teriam sido levadas pelo namorado da adolescente e a Polícia Civil contou que as armas teriam sido modificadas para participar de campeonatos e em consequência disso, o acionamento dela era um pouco mais mole. A Polícia Civil investiga se essas alterações permitiriam o disparo.

Por Folha Max

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