Reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, apontou que a cena do assassinato da adolescente Isabele Guimarães Ramos, no condomínio de luxo Alphaville I, em Cuiabá, na noite de 12 de julho, teria sido alterada logo após o disparo. As principais evidências são de que a adolescente autora do disparo e sua irmã trocaram de roupas logo após a morte da menina.
Uma vizinha da família Cestari, ouvida pela Polícia Civil, contou nesta semana que a adolescente que fez o disparo trocou de roupa após o suposto acidente. De acordo com advogado de defesa da família do empresário, a menina estava se sentindo ‘sufocada’ e por isso quis tomar banho e trocar de roupa. “Estava em pânico, desespero e estava se sentindo sufocada. Falar que uma menina de 14 anos iria trocar roupa para esconder algo? Não tem muito sentido”, colocou o jurista Ulisses Rabaneda.
A mãe de Isabele, Patrícia Hellen Guimarães Ramos, fez um questionamento sobre a mudança de roupa. “Em meio ao desespero, como ela conseguiu pensar em trocar de roupa? Eu nem consegui trocar meu roupão de tão transtornada que fiquei”, disse, levantando a suspeita de que ela teria sido orientada a trocar de roupas.
Outra revelação feita na reportagem é a de que a arma que matou a estudante não estava no local do crime quando a mãe de Isabele chegou ao local. “Um detalhe importante é que a arma não estava no local do crime. O banheiro estava limpo e só tinha sangue embaixo da cabeça da minha filha”, contou Patrícia Hellen, que disse que a arma só apareceu com a chegada do delegado.
Quando o Samu chegou, a morte de Isabele já havia sido constatada por um médico amigo da família.
HORÁRIO DO CRIME
Outro ponto revelado pela reportagem que está próximo de ser esclarecido é o horário do crime. Câmeras de segurança em frente a residência ajudaram a fazer essa análise e apontou que a menina pode ter ocorrido entre 21h50 e 22h01, num intervalo de 1 minuto e 59 segundos.
Segundo o advogado Ulisses Rabaneda, às 21h59, o namorado da adolescente autora do disparo deixa a casa normalmente. Já às 22h01, a mãe dela abre a porta já demonstrando desespero. “A filha fecha a porta às 21h59 e 48 segundos e essa porta volta a se abrir com gritos de desespero às 22h01 e 27 segundos. Ou seja, no intervalo de 1 minuto e 59 segundos os fatos aconteceram”, relatou.
A primeira ligação do pai da adolescente para o Samu ocorreu às 22h02.
https://youtu.be/pE4uK4K2Zx8
Por Folha Max