Maria Lima de Jesus e recém-nascida Natasha Vitoria Lima Moreira estão em coma na Unidade de terapia Intensiva (UTI), da Santa Casa, no município de Rondonópolis (216 Km da Capital), desde o dia 10 de agosto. O motivo, conforme Adalberto Moreira, marido de Maria, foi o descaso por parte da equipe e erro médico durante o parto.
Segundo Moreira, sua filha teve o couro cabeludo arrancado durante o procedimento da cirurgia.
No dia 29 de julho, com 33 semanas de gestação, Maria percebeu que sua bolsa havia estourado. Saiu de casa com seu marido e foi para a unidade da Santa Casa do município. Chegando lá, ficou internada para aguardar o parto. Contudo, no dia seguinte ainda não havia sido realizada a cirurgia na paciente e o marido buscou informações para saber o que havia acontecido.
Segundo ele, foi aí que sua peregrinação começou. A equipe do hospital não passava nenhuma informação, mas do quarto, sua esposa pelo telefone dizia sentir muitas dores e mal-estar.
Preocupado, o marido diariamente ia aporta da unidade e buscava com medico e enfermeiros entender o porquê do parto ainda não ter sido feito. A resposta que tinha, era sempre de que precisava aguardar pois sua esposa estava com apenas 33 semanas de gravidez.
Os dias foram passando e no dia 10 de agosto, às 7h15 Adalberto recebeu a mensagem em seu celular, a esposa dizia que iriam fazer o parto.
Ele foi até ao hospital Santa Casa, mas chegando lá, foi impedido de entrar e voltou a ter contato com a esposa somente à noite. Até então ficou sem notícias sobre ela e a filha.
Bexiga cortada
Na conversa com a mulher, ela disse que a cirurgia demorou 4 horas e que precisaram chamar um outro médico para auxiliar no final do parto pois eles haviam cortada a sua bexiga e a filha do casal teria sofrido um escalpe na cabeça quando foi retirada e pedaços teriam ficado ainda dentro da mulher.
Assustado, ele voltou ao Hospital onde mais uma vez não conseguiu entrar. Somente no dia 10 de agosto, à noite, ele conseguiu ver a esposa. Adalberto disse que a esposa estava com muito medo e clamou a ele por sua vida. “Ela estava irreconhecível, muito inchada. Me disse que ia morrer, mas eu disse a ela que nós temos Deus”, disse ele.
Das complicações, o marido acredita que toda a situação que vive agora é decorrente da falta de atenção com ele, que foi impedido a todo momento de ver a esposa e a filha e o descaso com sua esposa que diariamente mandava a ele mensagens pelo celular reclamando de dores e desconfortos e não recebia atendimentos.
“Eu me senti incapaz de ajudar, ela ficou dias sem conseguir ir ao banheiro, reclamava de dores e aqui fora eu não conseguir chegar perto dela nem mesmo para dar um conforto”, reclamou Adalberto.
Adalberto disse que foi somente após o caso vir à tona na mídia que conseguiu ter acesso a informações sobre o estado de saúde de Maria e Natasha Vitória.
“Agora eu chego lá e ninguém me nega nada, tenho como ver elas e saber como estão, mas não era para ser assim”, externou.
A assessoria do hospital Santa Casa de Rondonópolis, mas não conseguiu contato. O espaço continua aberto para o posicionamento da unidade.
Por RDNews