“Respeito o nosso senador [Jayme Campos], nosso ex-governador [Júlio Campos], mas eles precisam respeitar também o Democratas. Nem ele, nem eu, nem Fabinho e ninguém pode decidir pelo diretório estadual. Quem vai decidir com quem o DEM vai coligar é o diretório, que tem mais de 70 membros. Eles precisam ser respeitados porque a decisão é deles e não do governador Mauro Mendes, do presidente do partido Fábio Garcia ou da família Campos”, disparou.
As declarações ocorrem após o grupo o grupo liderado pelo senador Jayme Campos e seu irmão, o ex-governador Júlio Campos, anunciar apoio a pré-candidatura de Leitão na disputa pela vaga que era ocupada pela juíza aposentada Selma Arruda (Podemos), que foi cassada por crimes eleitorais. Inclusive, Júlio já se posicionou como primeiro-suplente na coligação tucana.
Nesta semana, os irmãos Campos engrossaram o tom contra o governador e cobraram lealdade do chefe do Executivo. Eles ainda alegam que têm a maioria do diretório e, por isso, asseguram que o DEM caminhará com Leitão.
Mauro evitou entrar numa polêmica maior com as lideranças “históricas” do partido e aguarda a posição do diretório estadual antes de anunciar seu apoio na eleição ao Senado. “Ele pode usar a frase que ele quiser, nós vivemos numa livre democracia. Agora as coisas não acontecem de acordo com a vontade individual de cada um. A democracia é a vontade da maioria, ou alguém aqui acha que é diferente?”
Porém, rasgou elogios a dois pré-candidatos “preteridos” pelos Campos na eleição suplementar ao Senado. “Política se faz com respeito, com pequenos detalhes no dia a dia. Nós temos aí o Otaviano Pivetta, que tem a minha admiração, um amigo de muitos anos, tenho orgulho de estar ao lado dele. E tem o Fávaro, que construiu sua candidatura em 2018, ficou em terceiro lugar, brigou e hoje está lá fazendo um excelente trabalho”, disse.