Por lei os lixões devem ser eliminados até o ano que vem. Mas muitos municípios ainda enfrentam dificuldades para desenvolver e implantar os projetos para se adequarem a esta exigência.
O aterro sanitário em Cuiabá recebe o lixo de toda a capital e o desejo da prefeitura é que o local seja extinto como prevê a política nacional de resíduos sólidos. O programa obriga os municípios a providenciarem a destinação correta do lixo produzido pela população, mas isso ainda não aconteceu. O prazo para a conclusão do plano foi estendido até 2021.
“Já estamos fazendo várias ações. Uma delas é a retirada dos lixos, também é o trabalho de educação ambiental e coleta seletiva, é o trabalho da balsa ecológica, também as lixeiras subterrâneas”, afirmou o diretor presidente da empresa Cuiabana de Limpeza Urbana (Limpurb), Anderson Matos.
Em Cuiabá, são coletadas diariamente uma média de 400 a 700 toneladas de lixo, inclusive do Rio Cuiabá, por meio das balsas ecológicas. Todos os resíduos são encaminhados para o aterro sanitário ou para quatro cooperativas que são conveniadas com a prefeitura.
Muitos trabalhadores dependem desses resíduos. Os catadores que tiram do lixo a fonte de renda já estão recebendo um acompanhamento quando o aterro deixar de existir.
O estado também tem o seu plano de resíduos sólidos em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Para o coordenador do projeto, Paulo Modesto, muitos municípios ainda não têm condições financeiras para planejar e criar sua própria estrutura. São nesses casos que o estado deve entrar com incentivo e ajuda.
“Se não há um recurso estadual ou federal, o município tem dificuldade, até porque o município não costuma ter sustentabilidade na questão da gestão dos resíduos, porque não opta pela produção dos resíduos”, explicou.
Destinar corretamente os resíduos de cada cidade não é apenas uma ação de sustentabilidade ambiental. O lixo envolve ainda questões econômicas e sociais.
Fonte: G1MT
