O Democratas e o PSDB voltaram a conversar e podem compor chapa para a eleição suplementar ao Senado em novembro. Hoje pela manhã, o ex-prefeito de Sinop e ex-deputado Nilson Leitão (PSDB) se reuniu com o ex-governador Júlio Campos (DEM) e selaram um acordo para o tucano encabeçar a chapa tendo Júlio como suplente e um indicado pelo Partido Liberal (PL) indicar o segundo suplente. A reunião foi no escritório do senador Jayme Campos (DEM), em Várzea Grande, e contou com a participação do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) e do prefeito de Sorriso, Ari Lafin (PSDB), além de outras lideranças dos partidos.
“Acabamos de terminar uma reunião para fazermos uma possível composição tendo o Nilson como titular, eu como primeiro suplente e outro nome indicado pelo PL, do senador Wellington Fagundes, como segundo suplente. Já conversamos com o presidente do Democratas, Fábio Garcia, e o partido deve se reunir no final de semana. Se aprovar, esta deve ser a composição”, afirmou Júlio Campos.
Júlio explicou que abriu mão da candidatura em virtude da pandemia do novo Coronavírus. Além da idade, ele tem um fígado transplantado e está no grupo de risco. “Com a minha condição de saúde, eu sou transplantado, fazer uma campanha nesta pandemia não é aconselhável. Como suplente é mais fácil, pois não precisarei estar tão presente nas ruas”, explicou.
Desde ontem os grupos ensaiavam uma reaproximação. Nilson e Júlio visitaram o gabinete de Dilmar na
Assembleia e deram início às conversas. Júlio avalia que, se a composição for efetivada, a chapa terá musculatura suficiente para vencer o pleito, já que ele e o tucano lideravam as pesquisas feitas em março, antes de a eleição ser cancelada por causa da pandemia.
À época, Nilson e Júlio eram candidatos e foram aprovados em convenções realizadas pelos seus partidos. Antes, eles já tentaram uma composição, mas nenhum abriu mão. Na atual condição, o acordo tende a ser selado.
A eleição suplementar vai escolher o substituto da ex-juíza Selma Arruda (Podemos), cassada em dezembro do ano passado por abuso de poder econômico e prática de caixa 2. A votação estava marcada para 26 de abril, mas com a chegada do Coronavírus no Brasil foi adiada e será realizada junto com as eleições municipais, em novembro.
Só Notícias/Marco Stamm