mudança de postura do MDB, que passou a exigir a 1ª suplência na chapa ao Senado do vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), hoje ocupada pelo ex-deputado federal Adilton Sachetti (Republicanos), tem um motivo bem claro: a quebra do acordo firmado para as eleições municipais em Rondonópólis.
Ainda em março, o MDB aceitou apoiar Pivetta sem participação na chapa em troca do apoio de Sachetti, ex-prefeito da cidade, à pré-candidatura do deputado estadual emedebista Thiago Silva a prefeito de Rondonópolis.
No entanto, com o adiamento das eleições municipais e suplementar ao Senado por conta da pandemia da Covid-19, o Republicanos de Sachetti acabou lançando o empresário Luizão da Ferragem para disputar a prefeitura contra Thiago.
Diante da situação, o deputado federal Carlos Bezerra, presidente do MDB em Mato Grosso, passou a exigir a 1ª suplência na chapa de Pivetta. A indicada é sua esposa, Teté Bezerra (MDB).
A coordenação política, formada pelos deputados estaduais Max Russi (PSB) e Allan Kardec (PDT) tentam contornar a situação e oferecem a 2ª suplência ao MDB, vaga que era ocupada pela vice-prefeita de Cáceres Eliene Liberato (PSB), que abriu mão para disputar a chefia do Executivo daquele município em novembro.
No entanto, Bezerra está irredutível e argumenta que o partido possui 28 prefeitos, dois deputados federais e quatro deputados estaduais e, portanto, muito mais cacife que o Repúblicanos de Sachetti para fazer a exigência.
A palavra final cabe a Pivetta que, por enquanto, aguarda que seus coordenadores políticos consigam encaminhar uma solução boa para todos os aliados. O pedetista é amigo de longa data de Sachetti e não gosta de quebrar acordos, mas também sabe que o que Bezerra fala sobre a força do MDB é verdade.
O plano B para a 2ª suplência é a ex-reitora do UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, do PCdoB, um dos sete partidos que sustentam a pré-candidatura de Pivetta. Os outros são PDT, MDB, PSB, PV, Cidadania, Solidariedade.
Por RDNews