Considerado o braço-direito do governador Mauro Mendes (DEM), o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, defendeu que o vice-governador, Otaviano Pivetta (PDT), o senador interino Carlos Fávaro (PSD) e o ex-governador Júlio Campos (DEM) entrem em consenso na disputa ao Senado que acontecerá em novembro em Mato Grosso. Segundo ele, a decisão vai exigir “muito desprendimento” dos três pré-candidatos que disputam o apoio do governador Mauro Mendes (DEM).
“Eu gostaria que tivesse um candidato só representando esse grupo político, que pode ser qualquer um dos três. Vamos ver se isso é possível. Tem que ter muito desprendimento para uma decisão dessa. Caso contrário, vamos respeitar a vontade de cada um do grupo político e logicamente a campanha segue normalmente”, disparou.
Filiado do Democratas, Carvalho explicou que a situação embaraçosa deve ser finalmente pacificada pela direção executiva nos próximos dias. O embate vem sendo arrastado desde março, quando Campos, Fávaro, Pivetta ingressaram na disputa pela cadeira da juíza aposentada Selma Arruda (Podemos), que teve o mandato cassado por crimes eleitorais.
A situação deixou o governador em cima de muro e desde então o chefe do Executivo tem adotado uma postura neutra, sem se manifestar publicamente sobre um possível apoio. A eleição foi adiada por conta da pandemia da Covid-19 e as conversas voltaram a ganhar força com uma nova estrutura.
Com a confirmação da eleição em conjunto com o pleito municipal, o ex-governador declinou da disputa e passou a assumir a primeira suplência do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) na disputa ao senado. O tucano tem apoio de parte do grupo que está sendo liderado pelo senador Jayme Campos (DEM) e do deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) e também exigem o governador no palanque.
Diante do empasse, Carvalho garante que as articulações se afunilam para um consenso nos bastidores. “Na política tudo é possível. Já enfrentei convenções de governador que você entra como candidato a vice e sai com outro. As negociações estão em plenamente e partir daí o DEM vai tomar uma decisão definitiva em relação ao Senado, concluiu.
Por Folha Max