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Selic deve cair a 2% nesta quarta. Como a redução afeta seu dia a dia?

O Banco Central deve anunciar, nesta quarta-feira (5), mais uma queda na Selic. A expectativa do mercado é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) reduza a taxa básica de juros de 2,25% ao ano para 2%, ou seja, 0,25 ponto percentual.

 

A redução, apesar de positiva, terá um efeito muito pequeno na vida do brasileiro, segundo Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Haverá um leve reflexo, segundo ele, nas operações de crédito.

Oliveira fez simulações para mostrar como ficarão as taxas em sete modalidades de crédito se a redução da Selic a 2% for confirmada nesta quarta:

• Taxas de juros praticadas pelo mercado (pessoa física);
• Juros do comércio;
• Cheque especial;
• Cartão de crédito rotativo;
• Empréstimo pessoal (bancos);
• Empréstimo pessoal (financeiras); e
• CDC bancos (financiamento de automóveis).

Nas linhas de crédito, o menor impacto será nas taxas praticadas pelo comércio. Com a Selic a 2%, os juros da modalidade sofrerão uma variação negativa de 0,42%.

 

A maior queda poderá ser sentida no CDC dos bancos para o financiamento de veículos: variação negativa de 1,43%.

Fernando Ribeiro, professor do Insper, também espera a redução da Selic, mas não quis cravar qual será o percentual.

 

Ribeiro, assim como Oliveira, acredita que a queda deve afetar pouco o dia a dia das pessoas.

Confira todas as simulações no quadro abaixo:

A queda de 0,25 ponto percentual na Selic deve ser a última do ano, segundo os economistas Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

 

Para Fernando Honorato, coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima, as próximas reuniões do Copom devem manter a taxa.

Para a inflação, a mediana de estimativas dos economistas da Anbima se manteve em 1,7%.

O grupo também revisou as projeções do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano: a queda de 6,6% prevista na reunião anterior, em junho, passou para -5,5%.

 

A mudança é resultado das percepções dos economistas de que a flexibilização do isolamento social em algumas regiões do país e as políticas de transferência de renda do governo federal têm refletido na melhora dos indicadores de atividade econômica, principalmente nos setores:

• Comércio;
• Agronegócio;
• Exportações; e
• Construção civil.

Em relação ao PIB do segundo trimestre, a expectativa de queda de 11,65% passou para -9,5%.

Por Pixabay

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