Uma grave denúncia deve abalar o meio jurídico mato-grossense nos próximos dias. Segundo a Rádio Nativa FM, de Cuiabá, um renomado advogado no Estado é acusado de agredir, estuprar e ameaçar, pelo menos, oito mulheres.
Segundo as próprias vítimas, o número pode ser bem maior. Até o momento, oito já registraram a denúncia junto à Polícia Civil e outras podem surgir com a divulgação do caso.
Uma das vítimas participou ao vivo durante o programa e, por telefone, disse que passou por várias agressões físicas e psicológicas. Ele contou ainda que chegou a ser enforcada e desmaiou durante uma das agressões.
“A gente cai na lábia dele através da conquista. Eu cheguei a morar com ele. Tive vários tipos de doenças e sofri todo tipo de violência, inclusive agressões sexuais, xingamentos e ameaças de morte”, contou.
Para manter o controle da situação e posar de bom moço, o advogado ainda registra boletim de ocorrência contra as vítimas. Segundo elas, as acusações são falsas e visam protege-lo em caso de denúncia. “Precisei de acompanhamento psicológico e psiquiátrico”.
Foi então que resolveu tornar o caso público e passou a escrever nas redes sociais. “E depois que comecei a postar a história um batalhão de mulheres me procurou para dizer que também sofreram agressões da parte dele”.
A vítima contou que chegou a conviver com o advogado agressor por cinco meses. Por fim, ela disse que ele se utiliza do status social de advogado bem sucedido em Cuiabá para coagir as vítimas e manter uma imagem de pessoa incapaz de fazer o que foi denunciado. “Se você perguntar se as vítimas têm medo de morrer, todas têm. E ele cerca a sua vida, a sua família, fica sabendo de tudo. Ele soube que ia viajar para fora do Brasil e disse que eu poderia ir, mas que lembrasse que tenho pais que ficariam aqui”.
Uma segunda vítima também participou do programa. Inclusive, ela já tem um processo na justiça contra o agressor. Ela contou que passou por situações semelhantes à da primeira vítima.
E ainda foi além. Disse que o advogado ameaçava expor a vida íntima dela, com publicação de nudes, caso registasse uma denúncia.
Na sequência, comparou a situação que viveu a outro episódio famoso no Brasil inteiro. “Quando isso estourar na mídia, vai ser igual ao caso ‘João de Deus”, vai aparecer vítimas de todos os lados”, comentou.
A segunda vítima relatou que morou cerca de seis meses com o agressor e ela, inclusive, denunciou o caso logo após a separação, há cerca de três anos. Ela contou que antes de fazer a denúncia, já havia uma denúncia anônima contra o advogado, entretanto, a vítima, por medo, na época, negou que era agredida.
“Eu apanhei porque alguém fez uma denúncia anônima. Achando que eu quem tinha feito, ele me bateu. E quando fui chamada na delegacia para prestar esclarecimento de uma denúncia que eu não tinha feito, eu fui acompanhada do advogado dele e fui ameaçada”, relatou.
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Por Folha Max