As três escolas estaduais de Cuiabá mais bem pontuadas no Ideb, nas séries iniciais do ensino fundamental, tiveram notas superiores à média nacional. São a EE Souza Bandeira, no Jardim Shangri-lá, com índice de 6,4, e EE Gustavo Kulmann (no bairro Goiabeiras) e EE Ana Maria do Couto (CPA), empatadas com nota 6,1. As notas superam o índice de 5,9 da média das escolas brasileiras.
O resultado é comemorado pelos gestores que creditam a nota ao árduo trabalho dos profissionais da educação que se empenharam para uma educação de qualidade. A assessora pedagógica Suzana Rondon, que atua na EE Gustavo Kumann aponta a parceria entre unidade escolar, Assessoria Pedagógica e o Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (Cefapro), polo de Cuiabá.
Suzana salienta que os professores na sua hora atividade elaboraram o Plano de Intervenção Pedagógica fundamentado no diagnóstico de aprendizagem realizado no início do ano escolar. O acompanhamento e o monitoramento pedagógico da Assessoria Pedagógica com a coordenação pedagógica fortaleceram o processo de ensino aprendizagem.
“Na educação não precisamos inventar a roda precisamos somente fazê-la girar e, para isso, a parceria entre escola, assessoria pedagógica e Cefapro é o pilar de sustentação de uma educação de qualidade”, destaca.
No entendimento da assessora pedagógica, a nota do Ideb de 6,1 comprovam a importância do cumprimento da hora atividade com o devido acompanhamento dos coordenadores pedagógicos e da Assessoria Pedagógica somados à formação continuada dos profissionais da unidade escolar.
O diretor Pedro Crispim observa que o maior desafio da escola era manter a nota do Ideb acima de 6,0. Para isso, o gestor iniciou priorizando os professores, os seus projetos, fazendo com que os alunos participassem de tudo. Para agilizar, o diretor agendou palestras para os professores para ajudá-los em suas dificuldades. A parte física também foi otimizada e, com isso, contribuiu para motivar os alunos.
“Fizemos um trabalho incluindo mesas, bancos para as crianças sentarem e ter um refeitório. Também pintamos a escola por dentro e por fora, as salas, também tínhamos projetos com a Polícia Militar, tudo para fortalecer o aprendizado da criança. E tudo deu certo”, comemora.
A coordenadora pedagógica, Albimárcia Espindola ressalta que resultado satisfatório do Ideb pode ser explicado pela união de toda escolar, tanto a pedagógica quanto administrativa. “É todos com olhar diferenciado para o aluno, olhar atento, não só na escola, mas o que ele faz lá fora. É buscar a participação dos pais, dentro das nossas reuniões, nas atividades na escola” assinala.
O mesmo pensamento tem a professora Edileia Cardoso Santana, pois a meta de garantir o direito de aprendizagem dos alunos foi alcançado com a nota do Ideb. “Para atingir esse resultado foi necessário que nós professores, pais e alunos fôssemos parceiros. Por isso trabalhamos com a mediação entre pais e alunos, reforçando a importância da frequência das aulas, de acompanhamento das atividades pelos pais, pois ela reflete diretamente no resultado da educação de cada aluno”, explica.
Ana Maria
Na EE Ana Maria do Couto, a diretora Maria Cristina Domingues Barros, credita à avaliação diagnóstica no início do ano letivo como um dos instrumentos usados para ampliar a nota Ideb de 5,9 para 6,1. “Depois de corrigir, verificar a avaliação, os professores, junto os coordenadores partem para o planejamento que é flexível. Por isso, fazem a intervenção quando necessário e vamos trabalhando assim junto com a coordenação”, argumenta.
A gestora lembra que a EE Ana Maria do Couto possui laboratório de aprendizagem. Para lá são direcionados os alunos com muita dificuldade para ser feito um trabalho diferenciado e recuperar as dificuldades.
“A equipe de professores, coordenadores é muito dedicada. Nosso foco é trabalhar em cima das dificuldades dos alunos. Se não aprendeu, fazemos a intervenção, volta no conteúdo e a gente faz isso muitas vezes”, explana.
Outro fator importante é o apoio da família e da comunidade escolar está sempre presente. Além dos professores, os demais profissionais da educação também colaboram. “Se todo mundo tiver afinado, tudo dá certo”, realça.
A assessora pedagógica Rosângela Roquete respalda a ação da equipe gestora, pois a escola tinha cerca de 200 alunos que não liam nem escreviam. A partir de um projeto de formação com os professores e os estudos no laboratório de aprendizagem e, com isso, conseguiram superar mais esse obstáculo. “O resultado é esse aí, com nota do Ideb acima da média nacional”, festeja.
Fonte: Adilson Rosa Seduc MT
Crédito de imagem: Para o diretor Pedro Crispim, o maior desafio era manter a nota do Ideb – Foto por: Divulgação