Os impostos e a taxa de juros são as maiores insatisfações com governo de Jair Bolsonaro. É o que mostra a pesquisa divulgada nesta quinta-feria (24), do Ibope e da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que avalia a popularidade do governo.
Na parte da pesquisa “Aprovação do governo por área de atuação”, os impostos foram o tema com maior porcentagem negativa, com 67% de reprovação dos entrevistados. Ainda sobre impostos, 28% apoia a política tributária do governo Bolsonaro e 5% não soube responder ou não respondeu sobre a questão.
A segunda maior taxa de reprovação do governo foi para a taxa de juros, com 64% dos entrevistados respondendo que não aprova a política atual. Outros 30% se disseram satisfeitos com os juros no Brasil e 7% não soube responder ou não respondeu sobre a questão sobre a taxa.
Na pesquisa, 2 mil pessoas foram entrevistadas.
Ministério da Economia articula novo imposto
Nesta quinta (24), o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas) deu entrevista à Rádio Bandeirantes dizendo que o plano do governo é desonerar amplamente a folha de pagamentos dos CLTs, mas, em contrapartida, criar um novo imposto sobre transações digitais.
A novo imposto é visto como a volta da CPMF e é criticado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Também nesta quinta (24), o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi interrompido durante coletiva de imprensa pelos deputados federais que o acompanhavam. Guedes começaria a falar aos jornalistas sobre a criação do novo imposto.
“Queremos desonerar? Queremos ajudar a criar emprego? Então vamos fazer um programa de substituição tributária . Da mesma forma, queremos criar renda? Sim, então vamos ter que fazer… Descobrimos 38 milhões de brasileiros, que eram os invisíveis, temos que ajudar essa turma a ser reincorporada no mercado de trabalho. Então temos que desonerar a folha, por isso que a gente precisa de tributos alternativos. […] E renda a mesma coisa, nós vimos a importância do auxílio emergencial, então nós temos que fazer uma aterrizagem suave do programa de auxílio emergência, que é exatamente o que nós estamos estudando”, disse Guedes antes de ser interrompido pelo general Luiz Eduardo Ramos, e por Ricardo Barros (PP-PR).