A primeira reunião da Comissão Especial do Impeachment foi realizada na tarde desta quinta-feira (3). Os deputados da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) que integram a comissão definiram o calendário de trabalho, que determinará ao final o recebimento ou não da denúncia.
Comissão especial vai determinar o recebimento ou não da denúncia de impeachment contra Moisés, a vice e o secretário Tasca – Foto: Divulgação/ND
Cabe ressaltar que essa comissão analisa a denúncia referente à concessão de aumento a procuradores estaduais em outubro de 2019. E contempla o governador Carlos Moisés (PSL), a vice Daniela Reinehr (sem partido) e o secretário Jorge Eduardo Tasca.
A denúncia é distinta do segundo pedido de impeachment acatado pela Alesc nesta quinta-feira (3), que se refere ao suposto crime de responsabilidade na compra de respiradores. Esta nova denúncia contará com uma comissão formada por nove deputados.
Calendário
O pontapé para o início dos trabalhos da Comissão Especial ocorreu após o recebimento das defesas de Moisés, Reinehr e Tasca, entregues no dia anterior. Os deputados distribuíram as defesas, que também serão consideradas.
A reunião, inicialmente prevista para às 11 h, ocorreu apenas às 14h20. O atraso foi causado pela sessão anterior, cuja leitura da nova denúncia durou cerca de seis horas. O nd+ produziu reportagem sobre o que foi decidido acerca desse segundo pedido.
O calendário proposto pelo relator Luiz Fernando Vampiro (MDB) e pelo vice-relator Jessé Lopes (PSL) foi aprovado por unanimidade pelos deputados João Amin (PP), presidente da comissão, Maurício Eskudlark (PR), Ismael dos Santos (PSD), Moacir Sopelsa (MDB) e Sergio Motta (Republicanos).
Conforme previsto em lei, a análise das defesas e do processo ocorrerá em cinco sessões, sendo que a reunião em questão é considerada inaugural. A última deverá ser realizada no dia 15 de setembro, já com o parecer final da Comissão (que pode tanto receber ou não a denúncia).
Confira o calendário de sessões:
- 8/9 – Esclarecimento de eventuais questões de ordem e verificação da necessidade de realização de diligências aos fatos que autorizem ou não a instauração do processo de impedimento;
- 9/9 – Reunião técnica-administrativa com o grupo de trabalho interno da comissão;
- 10/09 –Retorno sobre eventuais diligências e encaminhamento do procedimento de leitura do parecer final da Comissão;
- 15/09 – Entrega e leitura do parecer final sobre a autorização ou não do processo.
E depois?
Ao fim dos trabalhos, a Comissão Especial deverá apresentar um PDL (Projeto de Decreto Legislativo), contendo a decisão pela cassação ou pelo arquivamento da representação de impeachment. As recomendações, então, serão votadas em plenário pelos outros deputados.
A etapa seguinte, caso a representação seja aprovada, contará com análise de uma Comissão Julgadora, formada por deputados e desembargadores.
Por ND+