São Paulo busca projetos para gerar energia solar na Represa Billings

0
56
© Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) abriu uma chamada pública para empreendimentos flutuantes de geração e energia solar na Represa Billings, na zona sul da capital paulista. As empresas interessadas devem apresentar o formato do projeto, que pode abranger tanto a comercialização livre (em que a energia é negociada diretamente entre o produtor e os consumidores) ou de contratação regulada (feito através das concessionárias de energia).

“A modelagem está aberta. Não estamos definindo nenhum tipo de modelo jurídico. Vamos avaliar o custo-benefício de acordo com o projeto”, explicou o subsecretário de Infraestrutura, da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima), Glaucio Attorre Penna.

As propostas podem apresentar plantas que gerem entre 1 megawatt-pico e 30 megawatt-pico de energia fotovoltaica em quatro pontos pré-estabelecidos da represa. Segundo Penna, estudos preliminares apontam que entre 10% e 25% da superfície do reservatório poderiam ser aproveitados dessa forma. No entanto, ainda precisam ser feitos mais estudos, inclusive de impacto ambiental, para avaliar qual é o tamanho real desse potencial.

A chamada foi criada após um teste piloto feito pela própria Emae apresentar resultados promissores. “O teste teve um resultado muito bom, que motivou a fazer essa chamada”, disse o subsecretário.

Os projetos apresentados agora também vão ajudar o governo estadual a definir a melhor forma de aproveitar o potencial fotovoltaico da superfície do reservatório.

A expectativa é que a chamada tenha um bom número de interessados, devido a importância que o setor da energia solar tem ganhado no Brasil e em outras partes do mundo. “Como é uma tendência mundial, compareceram diversos interessados. Nós temos muitos empreendimentos na Região Norte e Nordeste, há um interesse muito grande no mercado nesse tipo de empreendimento”, acrescenta Penna.

A chamada fica aberta por 45 dias úteis. Nesse período, as empresas também devem juntar documentos que comprovem a viabilidade técnica, financeira e ambiental das propostas.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil – São Paulo
Crédito de imagem: © Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal