Três conceitos centrais tendem a pautar o mercado da carne nos próximos meses: a defesa do cumprimento do Código Florestal Brasileiro, a intensificação da pecuária e a construção de uma pauta positiva junto aos mercados externos. A sinalização dessas diretrizes foi o principal resultado da assembleia ordinária do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) ocorrida na sexta-feira passada (23).
O encontro reuniu representantes da Acrimat e do Sindifrigo, contando também com a presença de diretores de Sustentabilidade de grandes indústrias do setor. Além disso, participaram dois secretários de Estado: Cesar Miranda (Sedec) e Mauren Lazaretti (Sema). Na pauta, alinhamento estratégico e atualização sobre o andamento de vários projetos desenvolvidos pelo instituto.
Um dos temas debatidos foi o programa de reinserção e monitoramento, que visa reintegrar no mercado formal da carne pecuaristas com embargo comercial motivado por desmatamento ilegal. Por meio de uma plataforma com informações e imagens por satélite, o produtor poderá comprovar que está em processo de regularização de sua propriedade – ficando apto para voltar a comercializar formalmente.
“As ações serão cruciais para retomada do pecuarista em diversas áreas de Mato Grosso a partir da tecnologia, dando segurança jurídica e ambiental com mais celeridade”, diz César Miranda, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e presidente do Conselho do Imac.
Outra iniciativa de destaque foi o Sistema Eletrônico de Informações da Indústria da Carne (SEIIC), projeto piloto de padronização da pesagem de carcaças bovinas nos frigoríficos. A previsão é de que a primeira unidade comece a operar em Tangará da Serra.
“Para nós, o mais importante é o alinhamento estratégico dos elos que compõem a cadeia da carne em Mato Grosso, e isso conseguimos atingir. Reunimos indústria, pecuarista, poder público e definimos claramente nossos próximos passos”, pontua o presidente do Imac, Caio Penido.
Ex-presidente da Acrimat e pecuarista, José Bernardes também destacou os avanços do Imac. “É importante continuarmos o diálogo via Imac, pois o setor é um só e deve ser visto como tal”, endossou. “Esse é o papel do instituto: fazer essa sinergia entre todos e direcionar os temas mais estratégicos”, avaliou Marco Túlio Duarte Soares, pecuarista e também ex-presidente da Acrimat.
Fonte: Camila Bini | Imac