O presidente Jair Bolsonaro determinou, nesta quarta-feira (21), o cancelamento da compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac, cujo acordo havia sido anunciado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na última terça-feira (20). A informação foi confirmada pelo próprio presidente ao R7 Planalto.
Bolsonaro não concordou com a decisão do Ministério da Saúde e, por isso, ordenou o recuo nessa compra. Mais cedo, o presidente respondeu a um apoiador, numa rede social, que dizia ter 17 anos de idade e pedia para a compra da vacina não ocorrer, uma vez que a “China é uma ditadura”. Bolsonaro foi categórico na réplica: “NÃO SERÁ COMPRADA”.
O anúncio da compra da vacina chinesa foi feito ontem pelo governo de São Paulo, que informou ter chegado a um acordo com o Ministério da Saúde para a aquisição das doses via SUS (Sistema Único de Saúde). O acordo foi concretizado em uma reunião virtual entre o governador João Doria, o ministro Eduardo Pazuello e outros 23 chefes de estados brasileiros.
“A vacina do Butantan será a vacina brasileira. Com isso, o registro vem pela Anvisa e não pela Anvisa chinesa. E isso nos dá mais segurança e margem de manobra”, disse ontem o ministro da Saúde durante o encontro virtual com os governadores.
Hoje, Doria está em Brasília para diversas reuniões. Às 10h, Doria visita o Congresso Nacional, acompanhado pelo Secretário de Estado de Saúde Jean Gorinchteyn, Secretário Especial do Governo de SP em Brasília, Antonio Imbassahy, e o Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Depois, às 13h, Doria e equipe se encontram com o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres. O assunto desta reunião é exatamente a vacina chinesa contra o coronavírus.
Doria ainda vai ao STF (Supremo Tribunal Federal) para uma audiência com o novo presidente da Corte, Luiz Fux.
Fonte: Nortão Noticia