Aos 26 anos de idade, Marquinhos já é um dos mais experientes jogadores da Seleção Brasileira. Perto de completar 50 jogos (atualmente ele tem 47), o zagueiro inicia seu segundo ciclo de Copa do Mundo como um dos pilares defensivos da equipe. E aposta justamente na capacidade de traduzir essa evolução em boas atuações pela Seleção.
Marquinhos é um dos 23 convocados para as partidas contra Bolívia e Peru, que abrem a disputa das Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA Catar 2022. Em entrevista coletiva virtual na Granja Comary, em Teresópolis, nesta segunda-feira, o defensor do Paris Saint-Germain (FRA) fez uma análise do próprio crescimento nos últimos anos.
“Com certeza, com o passar dos anos, com a experiência, a bagagem… A gente sabe o quanto isso é importante no futebol e na vida. Eu procurei evoluir, amadurecer. Hoje, tenho muito mais responsabilidade do que aquele menino que tinha recém chegado na Seleção. Procuro dar meu máximo para a Seleção Brasileira, trazer o que tenho do clube. Trago para cá, para, com minha experiência e minha bagagem, fazer o melhor pela Seleção”, avaliou Marquinhos.
Além da experiência, nos últimos anos, Marquinhos ganhou uma característica muito valiosa no futebol moderno: a versatilidade. Em diferentes ocasiões, o zagueiro chegou a atuar como lateral-direito e até mesmo como meio-campista. Foi assim na reta final da UEFA Champions League. Como volante, o brasileiro foi um dos melhores jogadores do Paris Saint-Germain na campanha que terminou com o vice-campeonato. Apto para atuar em qualquer uma dessas posições, Marquinhos ressaltou que o importante é estar disponível para o que o time precisar.
“Eu venho há alguns anos fazendo esse balanço de uma posição e de outra. No começo, pode ser que me perturbava um pouco, mas acho que hoje estou muito acostumado e adaptado. Nas finais da Champions, acabei atuando como volante, e agora, depois das férias, nos primeiros jogos do Campeonato Francês, atuei bastante como zagueiro. É cada vez mais uma coisa adaptável e normal na minhas atuações, tento o mais rápido possível me adaptar e não perder as funções. Hoje já estou bem acostumado”, ponderou o polivalente Marquinhos.
O retorno aos gramados pela Seleção Brasileira interrompe uma seca de quase um ano sem vestir a Amarelinha. Muito dessa espera se deu por conta da paralisação para a pandemia de coronavírus. Um dos atletas que já tiveram Covid-19, Marquinhos destacou que o protocolo de segurança deixou o ambiente bem diferente, longe do normal com o qual os jogadores estavam habituados.
Mas o zagueiro sabe a importância e a necessidade de se respeitar as normas de proteção para conter ao máximo o risco de contaminação, tanto dentro quanto fora dos campos.
“É um momento diferente e ao mesmo tempo especial para nós, depois de tanto tempo fora da Seleção. Ter a oportunidade de voltar e atuar dentro desse contexto, um contexto excepcional”, disse, antes de reforçar os protocolos estabelecidos para o controle da pandemia.
“É diferente de tudo aquilo que a gente vinha vivendo. A Seleção sempre teve muita gente se unindo, muita gente dentro do estádio, é um momento único. Que a gente tenha todo mundo junto para combater esse vírus. A gente já teve essa experiência. Eu, particularmente, no PSG, na Champions, em que ficamos numa bolha, no hotel, só saindo para treinar e jogar. Aqui não vai ser diferente. É realmente focar naquilo que a gente tem que fazer, trabalhar nas Eliminatórias, ganhando esses jogos para que a gente possa se classificar para a Copa do Mundo’, concluiu.
Fonte: CBF
Crédito de imagem: Créditos: Lucas Figueiredo/CBF