Pelé tinha apenas 17 anos quando o mundo do futebol o reverenciou pela primeira vez. Foi em 1958, na Copa do Mundo da Suécia, que o menino de Três Corações começou a escrever a sua história como o maior jogador de todos os tempos.
Uma das grandes apostas do técnico Vicente Feola, Pelé havia estreado com a Amarelinha cerca de um ano antes, na conquista da Copa Roca de 1957. O meia-atacante, que já brilhava no Santos, estava cotado para ser um dos titulares da Seleção Brasileira na estreia do Mundial, mas sofreu uma lesão em um jogo preparatório contra o Corinthians, ainda no Brasil. Em recuperação, não pôde atuar nos amistosos em solo europeu, bem como nas duas primeiras partidas do Mundial.
A estreia de Pelé em Copas não veio em um cenário confortável. Depois de vencer bem a Áustria por 3 a 0, o Brasil empatou sem gols com a Inglaterra e precisava vencer a forte União Soviética, do lendário goleiro Lev Yashin. Feola não teve dúvidas: recuperado, Pelé tinha que ser titular neste jogo. E foi assim que o Brasil presenteou o mundo da bola com o que ficou conhecido como os três minutos mais belos da história. Com um Garrincha inspirado, entortando a defesa soviética de um lado para o outro, Pelé magistral e um Vavá matador, o Brasil sufocou os adversários. Pelé chegou a acertar a trave, antes de Vavá abrir o placar em passe milimétrico de Didi.
No segundo tempo, o Coração de Leão fez mais um e completou o placar por 2 a 0, em assistência de Pelé. Ali, o jovem mostrava que a aposta de Feola tinha tudo para dar certo e conquistava seu lugar no time. Dali em diante, a Copa do Mundo foi um recital de Pelé. Foi ele quem marcou o único gol na vitória por 1 a 0 sobre o País de Gales, nas quartas de final.
Na semifinal, o Brasil enfrentou a França, do artilheiro Just Fontaine, e Pelé decidiu o confronto. O Rei assombrou os marcadores franceses, fez três gols e garantiu o passaporte da Seleção de volta a uma final de Copa do Mundo após oito anos. Na decisão, o gênio voltou a aprontar uma das suas. O placar apontava 2 a 1 para o Brasil quando o menino recebeu cruzamento no meio da área. Dominou com o peito, encobriu o defensor e, com a bola ainda no ar, completou para o gol de sem-pulo, marcando um golaço e colocando um ponto de exclamação na conquista brasileira. O Rei ainda marcou mais um na final e saiu da Copa como o Melhor Jogador Jovem do Mundial.
Pelé – Copa do Mundo 1958
Créditos: FIFA
Pelé na Copa do Mundo de 1958
Jogos: 4
4 vitórias (100% de aproveitamento)
6 gols
Melhor jogador jovem da Copa