Dez professores da rede municipal de ensino de Lucas do Rio Verde aceitaram o desafio do Instituto de Formação e Orientação Profissional (Ifop), que, com o apoio de profissionais do Centro Tecnológico Municipal (CTM), planejou gravar vídeos de contação de histórias durante a Semana Municipal da Leitura e da Literatura, que vai de 12 a 17 de outubro.
O resultado cheio de boas histórias contadas para estimular a imaginação e o desenvolvimento das crianças impedidas de ir à escola em tempos de pandemia pode ser visto no canal do Ifop dentro do Youtube por meio do link https://youtube.com/channel/UCOTgjl7NbvKi8diTg2_kfeA
Segundo a assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Deolinda Marques Pereira, como a suspensão das aulas interferiu na organização das apresentações tradicionais voltadas para o Dia Nacional da Leitura e da Literatura, também comemorado em 12 de outubro, a Secretaria propôs algo que tivesse o mesmo objetivo e fosse adequado à nova situação.
“Contamos com a colaboração desses professores, a maior parte deles da área de educação infantil, para fazer essas contações que visam incentivar a leitura desde a mais tenra idade e fazer a criança e a própria família perceberem, entre outras coisas, a importância de ler para o desenvolvimento das habilidades e da concentração e para o enriquecimento do vocabulário”, observa.
Também autora de contos, a professora Aline Maria de Jesus, do infantil II da Creche Municipal Anjo da Guarda, acredita que a leitura e a contação de história contribuem para que a criança entenda o mundo, possa desenvolver a fala, a escuta, o imaginário e sua criatividade. A adaptação do conto “A árvore sem folhas, de Fernando Alonso, levou em conta a necessidade de reforçar a tolerância e o respeito às diferenças entre as crianças, sem as discriminações tão comuns no mundo adulto.
“O conto representa tudo na vida da criança. É com a imaginação que ela pode sonhar e pode até querer um mundo melhor. Por meio do conto, da leitura e da imaginação, elas revelam para nós os seus pensamentos, os seus sentimentos e os seus segredos, até mesmo os mais tenebrosos”, diz.
Para a professora Gisliane Martins dos Santos, do Infantil III do Centro de Educação Infantil Aquarela, que gravou o conto “A casa e seu dono”, de José Elias, a contação de história tem sido a forma encontrada para suprir a enorme falta das crianças nesse longo período sem aulas presenciais. “Como este já é o segundo ano de interação com elas, o vínculo já era maior e até já tínhamos ativo um grupo de Whatsapp. Então, quando nós paramos o presencial, na segunda-feira seguinte eu já mandei um vídeo para os meus alunos falando que íamos dar sequência pelo aplicativo e todos os dias tinha algo diferente para eles e nunca paramos de ter contato. Isso tem sido mágico e maravilhoso e tem envolvido os próprios pais”, relata.
Mesmo sem nunca ter tido um livro e acesso à leitura quando criança, a professora Adailza Libânia da Silva, do infantil II do CEI Aquarela, confessa que cresceu apaixonada por história e que esse sentimento aumentou cada vez mais a partir do ingresso na faculdade. “Escolhi educação infantil porque sempre foi meu sonho e procuro levar para as crianças a mesma emoção que eu sinto para fazer com que elas também sejam envolvidas tanto na parte escrita como na dramatização de cada história”, conta logo após ter concluído a gravação de “O casamento da dona baratinha”, de Ana Maria Machado.
Fonte: Ascom Prefeitura LRV