O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, e a secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, participaram na noite desta segunda-feira (05.10) da abertura do V Simpósio sobre Dislexia de Mato Grosso. Este ano, o simpósio tem como tema “Dislexia em tempo de Ensino Remoto” e foi realizado na segunda e terça-feira (5 e 6.09) de forma on-line.
Conforme destacou o governador Mauro Mendes, a Seduc elaborou um projeto para adaptar as escolas e preparar melhor as ações pedagógicas no atendimento aos alunos com dislexia. O projeto já está tramitando na ALMT.
“Com esse projeto queremos melhorar e adaptar toda a rede estadual de ensino, qualificando os nossos profissionais da educação para melhorar o atendimento aos alunos disléxicos”, ressaltou o governador.
O deputado estadual Wilson Santos, idealizador do Simpósio, informou que o projeto já foi aprovado pela Comissão de Educação da ALMT e encontra-se na Comissão de Constituição, Justiça e Redação. “A previsão é que até o final do mês de outubro o projeto já tenha sido aprovado para encaminharmos para sanção do governador”, informou o deputado.
A secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, ressaltou que a falta de foco e o atraso no desenvolvimento da fala são algumas das características identificadas na criança disléxica e isso influencia na aprendizagem, principalmente em relação à leitura e à escrita. “No primeiro ano escolar, quando a criança começa o processo de leitura e escrita, é importante fazer uma avaliação multidisciplinar e dar uma atenção especial a ela. Por isso, é importante ter um profissional da educação preparado para fazer a intervenção com o aluno disléxico”.
Para a secretária, alguns aspectos são fundamentais no ambiente escolar, como, por exemplo, exercer, continuamente, a pedagogia do amor. “Dessa forma é possível ter uma atenção especial com nossas crianças e verificar os sinais da dislexia desde a pré-escola”, observou.
Segundo Wilson Santos, a realização da série de simpósios com o tema educação inclusiva é para destacar o reconhecimento das pessoas como elas são. “É importante entendermos que, por mais grave que seja uma lesão no cérebro, esses indivíduos têm capacidade de aprendizagem, pois é possível trabalhar esse cérebro com metodologias modernas e com profissionais capacitados e preparados para tal”, ressaltou.
Nesta terça-feira, o Simpósio continua das 19h às 19h30 com duas palestras. A primeira será a respeito de dislexia, com Juliana Amorina, do Instituto ABCD. A segunda será com o professor universitário Dr. Rauni Roama Alves, com o tema “Sinais de alertas comportamentais e emocionais da dislexia no cotidiano do ensino remoto”.
Dislexia
A dislexia se origina da dificuldade no desenvolvimento cognitivo e no aprendizado das crianças relacionadas à leitura e à escrita. Consiste na perturbação na aprendizagem da leitura pela dificuldade no reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos e os fonemas, bem como na transformação de signos escritos em signos verbais. Por isso, o público-alvo para participar do simpósio são profissionais da educação e saúde.
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Fonte: Rosane Brandão Seduc-MT
Crédito de imagem: O V Simpósio será realizado na segunda e terça-feira (5 e 6.09) de forma online. – Foto por: Seduc-MT