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Inscrições em editais contam com participação de proponentes mulheres e de municípios do interior

- Foto por: Mayke Toscano

Artistas e produtores culturais de municípios do interior se empenharam para ter seus projetos inscritos nos editais para execução da Lei Aldir Blanc em Mato Grosso. Mesmo os desafios de pequenos centros urbanos distantes da capital, como limitações estruturais e de consumo cultural, não impediram que propostas fossem apresentadas nas seleções públicas da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), representando 32% das inscrições.

Para Wanderson Lana, secretário de Cultura,Turismo, Lazer e Juventude de Primavera do Leste, a descentralização dos recursos oportunizada nos editais traz boas perspectivas ao município. O secretário municipal reuniu alguns projetos que continham anexos físicos para ajudar os artistas locais na entrega presencial na Secel e falou sobre o cenário.

“Estamos ansiosos com o resultado desses editais porque de uma forma ou de outra vai fomentar a economia local, são recursos que reverberam outras formas de contratação, aquecendo o comércio e outros serviços”, avalia o Lana.

Outro grupo que conquistou uma considerável expressão nas inscrições foi o das mulheres. Com quase 45% de projetos inscritos, o gênero vai vencendo as barreiras do cotidiano e avançando como realizador cultural em Mato Grosso.

Para estimular a participação das mulheres e diminuir as desigualdades que permeiam vários campos da sociedade, incluindo o mercado de trabalho e a representatividade, as proponentes que expressaram identidade de gênero feminino recebem cinco pontos nos critérios estabelecidos para seleção.

Às iniciativas vindas de pequenos municípios também foram oferecidas incentivo.  Além da descentralização dos recursos prevendo que 60% das propostas selecionadas sejam de municípios do interior do estado, os editais garantem cinco ou 10 pontos para proponentes residentes em municípios que tenham até 100 mil habitantes.

“Ao pensar e discutir com os grupos envolvidos esses editais da Lei Aldir Blanc, entendemos a necessidade da diversidade, de torná-los instrumentos para reduzir as desigualdades regionais, sociais e de gênero. A cultura é patrimônio comum do povo, é plural e, por isso, precisa ser feita e acessada por todos e todas”, enfatiza Alberto Machado, secretário da Secel.

Balanço MT Nascentes

Dividido em segmentos e categorias, o edital MT Nascentes vai distribuir R$ 16,35 milhões em 445 projetos a serem selecionados. A maior de todas as seleções públicas recebeu 1.099 propostas pela internet. Desse total, o segmento com mais projetos apresentados foi o da música, com 25% de inscrições, seguido por artes cênicas (14,90%) e literatura (13,90%).

Confira o percentual de inscrições no MT Nascentes por categoria/segmento.

Artes cênicas 14,90%
Literatura 13,90%
Música 25,00%
Artes visuais 6,90%
Artesanato 3,10%
Povos e comunidades tradicionais 3,60%
Culturas urbanas 2,00%
Culturas lgbti+ 1,50%
Culturas negras e de matrizes africanas 2,60%
Patrimônio histórico e cultural 4,90%
Cultura e infância 3,10%
Áreas técnicas e backstage 1,00%
Formação de áreas técnicas e backstage 1,60%
Formação de produtores e agentes culturais 1,80%
Audiovisual – documentário 6,50%
Audiovisual – animação 0,60%
Audiovisual – game 0,50%
Audiovisual – ficção 5,20%
Bibliotecas comunitárias – revitalização 0,50%
Bibliotecas comunitárias – relevância 0,20%
Bibliotecas comunitárias – implantação 0,60%

 

O balanço das inscrições nos demais editais e procedimentos em andamento para as próximas fases estão descritos em reportagem anterior. Link AQUI.

 

Fonte: Cida Rodrigues Secel-MT
Crédito de imagem: – Foto por: Mayke Toscano

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