O Congresso da Argentina legaliza aborto até a 14ª semana de gravidez.
Assim, essa é uma lei inovadora para uma região que possui algumas das leis de rescisão mais restritivas do mundo.
Os senadores votaram a favor do projeto depois de uma maratona com 38 a favor, 29 contra e uma abstenção.
Até agora, o aborto só tinha permissão em casos de estupro ou quando a saúde da mãe estava em risco.
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O presidente Alberto Fernández, que apoiou o projeto de lei, fez de sua reintrodução uma de suas promessas de campanha. “Sou católico, mas tenho que legislar para todos”, argumentou.
O presidente Fernández disse ainda que o aborto legal e gratuito até a 14ª semana de gravidez é uma questão de saúde pública. Afinal, “a cada ano cerca de 38.000 mulheres são levadas ao hospital devido a abortos (clandestinos). Além disso, desde a restauração da democracia (em 1983) mais de 3.000 morreram”.
Logo após a votação, ele tuitou: “Hoje somos uma sociedade melhor, que amplia os direitos das mulheres e garante a saúde pública”.
Debate emocional
Grandes multidões de ativistas a favor e contra o aborto se reuniram em frente ao Congresso, na capital, Buenos Aires.
Eles acompanharam o debate em telas enormes. Quando a votação finalmente aconteceu nas primeiras horas da quarta-feira (29), houve muita comemoração no campo pró-escolha.
A votação foi prevista para ser extremamente apertada. Mas no final, todos os quatro senadores que disseram estar indecisos, votaram a favor da legislação após um debate de 12 horas.
Ativistas antiaborto, que seguiram o processo, ficaram separados dos ativistas pró-escolha por barreiras.
Fonte: CDI
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