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Calor movimenta orla do Rio no último dia do ano, apesar de restrições

© Fernando Frazão/Agência Brasil

O calor de mais de 30 graus e o tempo aberto atraíram banhistas para as praias de Copacabana e Ipanema hoje (31), mas a faixa de areia das duas praias mais famosas do Rio de Janeiro não ficou lotado como em fins de semana ensolarados dos últimos meses.

Para conter a formação de aglomerações, a prefeitura e o governo do estado impuseram uma série de restrições, como a redução do horário de funcionamento de transportes, proibição de estacionamento e até o bloqueio dos acessos à orla a partir das 20h.

As medidas adicionais de prevenção à covid-19 foram adotadas depois que a prefeitura já havia anunciado o cancelamento da festa oficial de Réveillon, que costuma reunir mais de 2 milhões de pessoas na Praia de Copacabana. Além de suspender sua própria queima de fogos e proibir quaisquer outras, a prefeitura decidiu impedir a realização eventos e festas nas areias, calçadão e quiosques.

Atendendo às medidas, os quiosques abertos em Ipanema e Copacabana funcionavam apenas em suas áreas concedidas, sem a presença de música ao vivo ou cercadinhos na areia. Apesar disso, a maioria dos frequentadores estava sem máscaras e muitas mesas estavam dispostas sem distanciamento.

Entre os transeuntes no calçadão, o desrespeito ao uso de máscara também era frequente, inclusive entre os que praticavam esportes como corrida ou ciclismo. Guardas municipais presentes no calçadão de Copacabana orientavam vendedores a recolherem mercadorias, e carros estacionados irregularmente na Avenida Atlântica eram rebocados.

Outra restrição imposta pelo poder municipal foi a proibição de barraqueiros permanecerem em pontos fixos na areia. Ao percorrer trechos das duas praias, a reportagem não encontrou barracas com venda de bebidas. Segundo balanço da prefeitura, uma barraca montada irregularmente foi retirada da orla e apreendidas mesas, cadeiras, coolers e outros itens.

Ainda que a festa de Réveillon tenha sido cancelada, a movimentação no calçadão e nas ruas internas e na orla de Copacabana era grande pela manhã, com turistas e cariocas lotando bares, restaurantes e supermercados.

Personagens tradicionais do Réveillon carioca, os vendedores de flores marcaram presença em Copacabana, tanto nas ruas internas quanto na orla, porém em número menor que em anos anteriores. Além de pular as ondas, oferecer flores a Iemanjá, lançando-as ao mar, está entre os costumes de muitos cariocas na virada do ano.   

Bloqueio nos transportes

Desde ontem (30), vans, ônibus e micro-ônibus fretados não podem entrar na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), 160 multas foram aplicadas contra condutores desses veículos até o meio-dia desta quinta-feira.

Começou a valer hoje a proibição de estacionar em toda a extensão da orla, além do entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas e da Urca. Até as 10h, 58 veículos estacionados irregularmente foram rebocados. A multa para esse tipo de infração é de R$ 195,23, além dos custos com o reboque.

A partir das 20h, serão interditados os acessos viários à orla da cidade, inclusive para veículos de entrega, carga e descarga. Somente moradores, hóspedes e trabalhadores poderão acessar essas áreas, mediante comprovação da residência, da reserva ou do vínculo trabalhista.

Para evitar a aglomeração de pessoas na orla da cidade, o poder público também determinou a restrição no funcionamento de meios de transporte. Os ônibus articulados do BRT vão circular com restrições no sentido Barra da Tijuca a partir das 20h em dois corredores expressos da cidade: Transoeste e Transcarioca. A operação só será integralmente retomada às 4h da manhã desta sexta-feira, primeiro dia de 2021.

No metrô, o funcionamento das estações será interrompido às 20h e só será retomado às 7h da manhã. A restrição vale para todas as linhas que cortam a cidade.

Festa irregular

Guardas municipais, policiais militares e bombeiros interromperam uma festa que ocorria sem autorização na noite de ontem (30), em um casarão da Rua Almirante Alexandrino, em Santa Teresa. Além disso, os fiscais constataram a falta de cuidados como o uso de máscara e autuaram o responsável pela residência.

Edição: Aécio Amado

Fonte: Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
Crédito de imagem: © Fernando Frazão/Agência Brasil

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