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Nascem primeiras bezerras “in vitro” de Mato Grosso

As primeiras bezerras a nascerem são de Campinápolis, na propriedade de Sinval José da Silva - Foto por: Assessoria Seaf-MT

Já começaram a nascer em Mato Grosso as primeiras bezerras, fruto de fertilização in vitro e da transferência de embrião, pelo programa Mato Grosso Produtivo Leite. Pertencente ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT), o programa é realizado em 33 cidades mato-grossenses e conta também com outros eixos de atuação voltados para o incentivo da atividade leiteira.

Entre as ações está a doação de doses de sêmen bovino, de resfriadores de leite, disponibilização de calcário para a recuperação das pastagens e também a implantação de Unidades de Referência Tecnológica (URTs), com papel de servir de vitrine para o aprimoramento das práticas de manejo e incentivo aos produtores.

As primeiras bezerras a nascerem são de Campinápolis, na propriedade de Sinval José da Silva. Lá, 14 vacas passaram por transferência de embrião e quatro delas concluíram a gestação.

“De primeira, ter esse resultado já nos ajuda muito, já que aqui, sem esse apoio do Estado, não teríamos condições de arcar com os custos de uma inseminação, que todos sabem são caras”, comenta Sinval Silva.

Além de Campinápolis, o programa Mato Grosso Produtivo Leite prevê a realização de prenhezes em propriedades familiares nas cidades de Terra Nova do Norte, Juína, Aripuanã e Itanhangá. No total serão realizadas 1.300 inseminações.

“O programa iniciado neste ano, mesmo com a pandemia, começou pequeno, mas ganhou corpo. Desenvolver o setor leiteiro é a nossa meta. Aumentar a média mato-grossense em pelo menos dez litros por vaca ordenhada. Este resultado representará mais renda, qualidade de vida, a permanência do produtor na atividade, ganhando dinheiro, cuidando de sua família e gerando renda para a sociedade”, explica o secretário de Estado de Agricultura Familiar, Silvano Amaral.

Ele comenta ainda que as prenhezes que integram o programa são para gerar animais fêmeas da raça girolando ½ sangue, através de acordos de cooperação com cooperativas e prefeituras.

“Essas instituições fornecem, como contrapartida, o mesmo número de prenhezes que o Estado fornece para os produtores da agricultura familiar. Já fechamos acordos com quatro cooperativas e uma prefeitura. A Seaf irá fornecer 650 prenhezes e os parceiros complementam com outros 650”, afirma Silvano Amaral.

No pacote de ações do programa estão incluídas as vacinas reprodutivas, exame de brucelose, tuberculose e medicamentos do protocolo hormonal.

Melhoramento genético

Na área de melhoramento genético, além das transferências de embriões, a Seaf investiu também na distribuição de sêmen bovino de raças leiteiras de alto potencial genético. Já foram distribuídas 7.335 doses de sêmen para 22 municípios e, ainda esse ano, serão distribuídas mais 7.665 doses entre sexado e convencional para mais 12 municípios, totalizando 15.000 doses.

As doses de sêmen são de cinco raças leiteiras: Holandesa, Jersey, Girolando ¾, Girolando 5/8 e Gir leiteiro.

“Nossa expectativa nos próximos anos é que Mato Grosso suba no ranking nacional da produção de leite, saindo do atual 11º lugar”, finaliza Silvano Amaral.

 

Fonte: Luciana Cury Seaf-MT
Crédito de imagem: As primeiras bezerras a nascerem são de Campinápolis, na propriedade de Sinval José da Silva – Foto por: Assessoria Seaf-MT

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