O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou a invasão de manifestantes pró-Donald Trump no Capitólio, a sede do Congresso do país, em Washington, de um “ataque inédito à democracia”.
“Um ataque à liberdade, à civilidade, aos representantes do povo, à polícia do Capitólio que jurou protegê-los, aos servidores públicos no coração do nosso país”, disse.
Segundo Biden, os violentos protestos promovidos ao redor do país são organizados por “extremistas dedicados à baderna”. “É um ataque ao direito das pessoas. As cenas que vimos no Capitólio não refletem o verdadeiro norte-americano, não representa quem somos. Isto é desordem, é caos, e deve terminar, agora”, completou.
Joe Biden criticou a abstenção de Trump diante dos violentos protestos. O presidente eleito pediu que o republicano “saísse de casa”. “Peço que encerre neste momento. Peço que o presidente Donald Trump vá cumprir seu juramento de defender a Constituição e exigir que essas pessoas parem com esse movimento. O mundo está assistindo”.
O futuro chefe de Estado dos EUA lamentou o episódio. “Como tantos outros norte-americanos, estou chocado e triste que nossa nação, como farol da democracia, tenha chegado a um momento tão duro. Conquistamos muito e vamos prevalecer novamente, vamos prevalecer agora. O trabalho destes 4 anos será a restauração da decência, da democracia”, finalizou o presidente.
Invasão
Manifestantes pró-Trump entraram em confronto com a polícia ao tentar invadir o Capitólio com o objetivo de barrar a certificação da vitória do democrata Joe Biden nas últimas eleições. Em função da insegurança, o governo de Washington determinou toque de recolher às 18h.
A certificação é o último passo para reafirmar a vitória de Biden no Colégio Eleitoral e começou na tarde desta quarta-feira (6/1). Nesse caso, a Câmara e o Senado se reunirão para a contagem e certificação dos votos, com um resultado de 306 para Biden e 232 para Donald Trump.
Geralmente, esse procedimento ocorreria como uma mera formalidade, no entanto, este ano será diferente porque Donald Trump não admite derrota e diz que a eleição foi roubada.
Logo no início da leitura dos votos, ao chegar no estado do Arizona, parlamentares contestaram o resultado. Assim, a sessão teve que ser interrompida.
De Metrópoles