RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Não há mais muito a se falar sobre os três jogos seguidos sem vitórias no Campeonato Brasileiro e as chances cada vez menores de título, mas o Flamengo ainda aposta na conversa para aparar as arestas e retomar o caminho dos bons resultados.
Por cerca de 20 minutos, o elenco e o treinador Rogério Ceni debateram o atual momento e concluíram que lamentar os tropeços não vai mudar a situação do Flamengo na tabela. Daqui em diante, a ordem é mirar os dez jogos que faltam para que o sonho pelo título siga vivo.
A avaliação interna é que os jogadores rubro-negros ficaram “mordidos” após a enxurrada de críticas que vieram depois da derrota por 2 a 0 para o Ceará. O protesto de alguns torcedores ainda acirrou o momento crítico. Apesar de a manifestação ter sido tratada como “normal”, fato é que o clima de ameaça e intimidação sempre incomoda.
Mais até do que o cerco aos carros, com direito a ovos atirados, o que incomodou os rubro-negros foram as faixas expostas pelos representantes das organizadas.
As insinuações sobre falta de vontade não foram bem digeridas, e o entendimento é que a ausência de triunfos não deve-se a “corpo mole”.
O clube rubro-negro apostou na manutenção das peças para não causar maiores danos enquanto o time ainda disputa a taça. Embora Ceni e a cúpula de futebol sigam o trabalho, há tensão pelos corredores do Ninho. O clima eleitoral já se instalou na Gávea, e o tom das cobranças tende a aumentar à medida que respostas demorem a chegar.
Depois de dias para lá de agitados no clube, a expectativa é que a temperatura siga alta até o jogo diante do Goiás na segunda-feira (18), na Serrinha. Se a crise em campo não for estancada na capital goiana, a tensão irá se instalar de vez. Bancado no clube, Ceni mantém a fé na qualidade dos seus comandados e do trabalho, porém, sabe que a vigilância está cada vez maior.
Em meio a essa atmosfera carregada, o técnico festeja o provável retorno do goleiro Diego Alves para o próximo compromisso. Jogador considerado dos mais importantes por Ceni, o camisa 1 exerce influência dentro e fora de campo.