A eleição que irá eleger o próximo presidente do Senado Federal irá acontecer logo no primeiro dia em que o Congresso Nacional irá reabrir os trabalhos no ano, no dia 1º de fevereiro. A lista de candidatos ao Senado conta com quatro nomes. Um deles deverá assumir o cargo no Poder Legislativo.
Quem são os candidatos ao Senado?
Em dezembro de 2020 o Supremo Tribunal Federal declarou como inconstitucional o ato de reeleger presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Com isso, Davi Alcolumbre (DEM-AP) que está à frente da Casa desde 2019, vai passar o bastão para o próximo senador ou senadora. Confira a lista de candidatos abaixo:
Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
Natural de Porto Velho, Rondônia, Rodrigo Pacheco é um dos candidatos ao Senado com forte chances de se eleger. O atual presidente, Davi Alcolumbre, já anunciou o seu apoio a Pacheco, tal como o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). Herdeiro de empresas de transporte rodoviário em Minas Gerais, ele cumpriu seu primeiro mandato como senador.
Antes de ingressar no Senado, Pacheco foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados do Brasil e chegou a se candidatar a prefeitura de Belo Horizonte em 2016, e teve como resultado o 3º lugar. No mesmo ano Pacheco participou da votação do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Ele também declarou ser favorável à PEC do Teto dos Gastos Públicos.
Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) no ano de 2000, Pacheco se especializou em direito penal econômico pelo Instituto Brasileiro de Ciências Econômicas Criminais (IBCCRIM), e atuou como advogado criminalista. Ainda no mundo da advocacia, o senador foi conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nas esferas estadual e federal.
Simone Tebet (MDB-MS)
Natural de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, Simone Tebet enfrenta uma disputa acirrada com Rodrigo Pacheco para o cargo de presidente, ou nesse caso, presidenta, do Senado Federal. Atualmente Tebet atua como Senadora da República pelo estado de Mato Grosso do Sul e atua como no cargo de Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Com raízes políticas na família, a senadora é filha do ex-presidente do Congresso Nacional, Ramez Tebet. A senadora se lançou na carreira política no ano de 2002, quando foi eleita deputada estadual do Mato Grosso do Sul com 25.251 votos. Após dois anos, Tebet foi eleita prefeita de Três Lagoas, e se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo. Em 2008, reelegeu-se para o posto com mais de 75% dos votos.
Simone Tebet é formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, especialista em Ciência do Direito pela Escola Superior de Magistratura, e mestre em Direito do Estado, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. (PUC-SP). Esta é a segunda vez que Tebet está na lista de candidatos ao Senado. Em 2019, a senadora chegou a se lançar como alternativa ao nome de Renan Calheiros (MDB), mas foi preterida na bancada.
Major Olímpio (PSL-SP)
Natural de Presidente Venceslau, município de São Paulo, Major Olímpio faz parte da singela lista de candidatos ao Senado. Ele que já é senador da Casa, já foi estadual e federal por São Paulo em vários anos, e está no Senado desde 2018, quando foi eleito ao cargo. Atualmente Major é filiado ao Partido Social Liberal (PSL), ex-partido do atual presidente Jair Bolsonaro.
No início de 2019, Major anunciou a intenção de uma candidatura à Presidência do Senado, pelo presidente do PSL, Luciano Bivar. Entretanto, no dia da votação ele mesmo retirou sua candidatura. Foi quando também anunciou apoio ao senador Davi Alcolumbre, atual presidente do Senado.
Formado na Academia de Polícia Militar do Barro Branco no ano de 1982, Major exerceu suas funções por 29 anos, entre elas; presidente da Associação Paulista dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo e diretor da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Na área acadêmica, o senador é bacharel em ciências jurídicas e sociais, jornalista, professor de educação física, técnico em defesa pessoal e instrutor de tiro.
Em 2016 Major Olímpio votou a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Durante o governo seguinte, de Michel Temer, votou contra a PEC do Teto dos Gastos Públicos e também foi contrário à Reforma Trabalhista. O candidato à presidência do Senado chegou a se aliar com Jair Bolsonaro durante a corrida presidencial, em 2018. Recentemente, o senador acusou Bolsonaro de “improbidade administrativa”, crimes contra a administração pública e interferência nas eleições ao comando do Senado Federal, segundo o UOL.
Jorge Kajuru (Cidadania-GO)
Natural de Cajuru, Ribeirão Preto, Jorge Kajuru também concorre ao cargo de presidente do Senado. Assim como os demais candidatos, Kajuru tem passagem pelo Senado e outras áreas da política. Foi no ano de 2016 que o senador assumiu seu primeiro mandato parlamentar como vereador em Goiânia. Em 2018 Kajuru foi eleito senador.
O senador também é conhecido por seus trabalhos como jornalista esportivo, radialista, apresentador de televisão e empresário. No início dos anos 2000, Kajuru esteve à frente de diversos programas de TV. Conhecido por se posicionar politicamente desde sempre – em uma ocasião foi tirado do ar na Band após criticar o político Aécio Neves. Kajuru também ficou muito conhecido com o programa “Fora do Ar”, no SBT.
Como jornalista, o senador escreveu o livro-reportagem “Dossiê K” sobre a corrupção no governo do Estado de Goiás, na gestão do então governador e candidato à reeleição Marconi Perillo. Kajuru chegou a ser processado por Perillo. Bastante polêmico, ao se lançar como candidato do Senado, o político se posicionou contra o atual presidente Davi Alcolumbre. Ele também afirmou que a candidatura de Simone Tebet.
Como funciona a eleição dos candidatos ao Senado?
Para a escolha do novo presidente do Senado, é preciso que todos os 81 senadores federais participem da eleição. Para ser eleito no primeiro turno, o candidato precisa somar 41 votos. Tais votos, assim como os da Câmara de Deputados, são secretos e computados por cédulas físicas, única diferença do que ocorre na Casa ao lado – na Câmara, a eleição acontece por computação eletrônica.
O processo de eleição do novo presidente acontece em duas etapas e votações, caso um candidato não se destaque logo de primeira. O Senador que receber a maioria dos votos assume o posto de presidente pelos próximos dois anos, e pode nomear até 42 funcionários para fazer parte da sua Mesa no Senado.
Fonte: CDI
Informação de imagem: (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)