A permanência de mais de quatro anos e meio do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados está a pouco mais de três dias do fim. No cargo desde 14 de julho de 2016, Maia se favoreceu de uma série de manobras políticas que permitiram que o parlamentar conseguisse “engatar” três mandatos consecutivos, algo sem precedentes na história da Casa.
O que difere Maia de Mazzilli, porém, é o fato de que o herdeiro político de Cesar Maia conseguiu a “proeza” de estabelecer três mandatos seguidos na presidência da Câmara, algo sem registro na história da Casa que completa 200 anos em 2026. O primeiro deles aconteceu após a renúncia de Eduardo Cunha (MDB), em 2016, quando Maia venceu Rogério Rosso (PSD-DF), por 285 votos a 170.
Em 2017, ao favorecer-se do fato de que seu primeiro mandato foi “tampão”, Maia conseguiu eleger-se para seu segundo período, com uma folgada votação de 293 votos contra 105 do segundo colocado, Jovair Arantes (PTB-GO). Na época, Rodrigo Maia se beneficiou de uma decisão do ministro Celso de Mello, do STF, que entendeu que não havia justificativa para impedir a candidatura de Maia.
Por fim, em 2019, o parlamentar se aproveitou do fato de que estava em um novo mandato e ampliou o tempo no comando da Câmara ao vencer, com 334 votos, os concorrentes Fábio Ramalho (MDB-MG), Marcelo Freixo (PSOL-RJ), JHC (PSB-AL), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Ricardo Barros (PP-PR) e General Peternelli (PSL-SP).