A deputada estadual Janaina Riva (MDB) nunca escondeu sua ambição em sentar na mesma cadeira que atualmente é ocupada pelo governador de Mato Grosso, Mauro Ferreira Mendes (DEM). Mesmo sustentando a tese de que ainda é muito cedo para discutir sobre uma possível candidatura ao Governo do Estado, a parlamentar não descarta ser o “plano B”.
Neste caso, se por algum motivo, o democrata decline de sua reeleição em 2022. “Ainda é cedo, mas também temos que trabalhar com um plano B, caso ele não seja candidato. Hoje ele é o nosso candidato a reeleição, mas se ele não for? Existe a possibilidade e o partido quer trabalhar para ter uma candidatura majoritária neste cenário”, disse durante entrevista à rádio CNB Cuiabá (95.9 FM), na manhã desta quinta-feira (28).
Riva relembrou que em 2016 o governador era cotado para disputar um novo mandato para a Prefeitura de Cuiabá, mas recuou “de última hora” às vésperas da convenção partidária. Dois anos depois, o chefe do Executivo se lançou como candidato a governador, tendo inclusive, o MDB em seu arco de aliança.
O partido se mantém firme como principal aliado do comandante do Palácio Paiaguás, mesmo não agradando ao prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB). “Mauro Mendes decidiu ser candidato a governador em julho de 2018 e o grupo já estava pronto porque tinha um candidato a governador que abraçasse o projeto. O Mauro fez isso e foi natural”, complementou.
Riva seguiu dizendo o MDB já tem intensificado as discussões sobre o processo eleitoral de 2022 nos bastidores. Já o governador por sua vez ainda evita comentar sobre assunto.
Mesmo assim seus aliados já o projetam como forte candidato a reeleição. Essa tese ganha força quando se observa o último projeto lançado pelo democrata no dia 28 de outubro, o “Programa Mais MT”, que prevê investimentos de R$ 9,5 bilhões em todas as áreas.
O pacotão de obras foi anunciado como “o maior programa de investimentos da história de Mato Grosso” a ser executado nos próximos 2 anos. Caso a configuração política seja essa, Janaína deve manter os planos de reeleição na Assembleia Legislativa e também ajudar na articulação dos projetos políticos do partido.
Riva está no segundo mandato na ALMT e tem defendido bandeiras que a aproximam dos servidores públicos. “Eu quero ter uma candidatura, mas ela tem que ser madura. Já vi candidaturas precipitadas e vivenciei isso quando meu pai [José Riva] foi candidato a governador em 2014 e eu era candidata a deputada estadual. Naquele momento era um time totalmente errado. Temos que ser candidato com apoio dos deputados e com uma boa estrutura financeira. Não poder ser um projeto suicida”, finalizou.
Por Pagina do Estado