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ENEM – A abstenção foi de 51,5%

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou neste domingo (17) que a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 em meio à pandemia foi algo vitorioso. O índice de abstenção ficou em 51,5%. Apesar do índice ser preliminar, ele já representa o maior percentual em toda a história do Enem.

“Eu quero registrar minha gratidão e qualificar o Enem no meio da pandemia como algo vitorioso, para não atrasar ainda mais a vida de milhões de estudantes e é isso que nós procuramos”, afirmou.

 

Segundo Ribeiro, o índice de abstenção ficou “um pouquinho acima” de 50%. O número divulgado ainda durante o balanço do Enem foi de 51,5%.

Segundo o ministro, o alto índice ocorreu “em parte pela dureza e questão do medo da contaminação, em parte de um trabalho de mídia contrário ao Enem muito grande, isso é fato.” Em 2019, o índice do primeiro dia ficou próximo a 23%, segundo o ministro.

“No meio de uma crise, mobilizar milhões de pessoas, para mim foi um sucesso”, afirmou Milton Ribeiro. “Eventualmente, se nós disséssemos que não teria Enem neste ano, para mim, seria um insucesso, uma derrota da educação brasileira”, afirmou.

 

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, ressaltou que a aplicação foi “tranquila do ponto de vista da saúde sanitária.” Ele citou cidades que tiveram visitas de agentes da vigilância sanitária, ministério público, e não houve locais de prova interditados por questões de saúde.

“Não teve nenhum local de prova interditado. Reafirmamos aqui nosso compromisso de uma realização de uma prova com segurança do ponto de vista sanitário. As normas e procedimentos de segurança estabelecidos pelo Inep foram cumpridos durante a execução da prova”, afirmou Alexandre Lopes.

Questionado sobre os candidatos barrados nas salas de prova porque elas estavam com lotação acima de 50%, o presidente do Inep afirmou que os casos ocorreram em 11 dos mais de 14.447 locais de prova.

“Tivemos 11 locais de prova com aparentemente alguma dificuldade de os alunos poderem realizar a prova.”

“Qualquer participante que se sentiu prejudicado, a partir de 25 de janeiro, como está previsto no edital, poderá pedir a reaplicação nos dias 23 e 24 de fevereiro”, afirmou Lopes. Ele ressaltou que a reaplicação é uma característica do Enem que prevê casos de problemas de logística e, neste ano, doenças infectocontagiosas.

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apresentaram um balanço do primeiro dia de provas do Enem 2020 em uma entrevista coletiva à imprensa realizada em Brasília na noite deste domingo.

O Exame Nacional do Ensino Médio teve 5,78 milhões de candidatos inscritos. Destes, 5,6 milhões eram esperados para a prova impressa; 96 mil farão o exame digital em outras datas (31 de janeiro e 7 de fevereiro).

Números do Enem 2020

 

  • Reaplicação: 58 cidades terão reaplicação da prova: 56 no Amazonas e duas em Rondônia
  • Nesta edição, 10.171 pessoas pediram para participar da reaplicação por terem sintomas de doenças infectocontagiosas. Foram aceitas 8.180 e negadas 1.991.
  • 1º domingo de Enem teve 1.689 municípios, 14.447 locais de prova e 201.380 salas de provas.
  • Para este primeiro dia, houve 5.523.029 inscritos: 2.680.697 estiveram presentes (48,5%) e 2.842.332 (51,5%) estiveram ausentes. Os dados não contabilizam os números do Amazonas e de duas cidades de RO, que tiveram as provas suspensas.
  • 2.967 participantes foram eliminados por portar equipamentos eletrônicos, saírem da sala antes do hora´rio permitido, entre outros.
  • 69 foram afastados por “ocorrências logísticas”, como emergências médicas ou interrupção de energia elétrica.
  • Três escolas em São Sebastião do Passe tiveram problemas de fornecimento na energia elétrica e os candidatos terão reaplicação. Menos de 1 mil candidatos estavam inscritos.

 

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